MENU

BUSCA

O lado bom da celeuma no Parazão

Carlos Ferreira

O campeonato estadual vai começar sem o Bragantino, duas semanas após a data inicialmente programada. Claro que isso gera embaraços e desgastes, mas, acredite, a celeuma tem um lado bom. A intervenção do STJD no Tribunal do Pará dá esperança de algum efeito moralizante no TJD. A FPF já está tratando de fazer melhor uso da tecnologia do sistema Gestão Web, para evitar ilegalidades no campeonato. E os times vão estrear em condições compatíveis.

Pelo que vimos nos amistosos, se o Parazão estivesse em curso, com duas rodadas, já haveria clube grande (ou clubes grandes) em crise. Enfim, essa bronca tão cansativa pode estar evitando situações piores. E o Paysandu, o time que mais precisava de tempo para esticar a pré-temporada, foi contemplado com o afastamento do  Bragantino, que seria o adversário no domingo.

Haja ansiedade e paciência!

Lembram da expectativa para reabertura do Mangueirão no final de setembro com um jogo da Seleção Brasileira? O estádio só ficará pronto em março e terá reinauguração no dia 19, com Re-Pa. Como se não bastasse a ansiedade pela Arena Mangueirão, temos que exercitar a paciência também na espera pelo Parazão, que começa no próximo fim desemana. O incômodo agora é das torcidas do Bragantino e do Paragominas.

Em meio aos atropelos deste começo de temporada, consigo ver vantagens e tenho boas perspectivas. Aposto que lá na frente teremos boas histórias para contar, escritas certas em linhas tortas.

BAIXINHAS

* Como toda a questão jurídica do Parazão fica concentrada no STJD, haverá celeridade nos processos para julgamento do mérito logo na segunda semana de fevereiro, provavelmente no dia 8. É quando será decidido se o Bragantino segue no campeonato ou será trocado pelo Paragominas.

* Dos estrangeiros importados para o Parazão, só o zagueiro bicolor Henríquez Bocanegra, colombiano, é o único que ainda não foi visto em ação. E todos os outros tiveram atuações discretas: Richard Franco (Remo), Jorge Jimenez e Robert Hernadez (Paysandu), Jeferson Murillo (Castanhal), Lazaro Zoppi (Caeté), Ogbe e Amoako (Tapajós).

* Volante Daniel, do Castanhal, é um dos muitos jogadores brasileiros que voltaram da Ucrânia por causa da guerra. Estava no VPK-Ahro Shevchenkivka, da segunda divisão ucraniana, onde fez 19 jogos e um gol. É um jogador de 24 anos, fruto do Grêmio Novorizontino/SP.

* Meninos Eli, lateral esquerdo, e Renan Thiago, volante, subindo rápido de cotação no Remo. Mas é provável que Leonan e Anderson Uchôa entrem no time contra o Independente, em jogo que seria sábado, mas passou para domingo.

* Finalmente, a verticalização tática chega a Remo e Paysandu. Fábio Cortez, ex-Vasco, entrou na comissão técnica do Remo com a missão de implantar nas equipes de base a mesma plataforma de jogo do time profissional. No Paysandu, o ex-remista Netão vai cumprir a mesma missão, além de fazer a transição dos talentos do futsal para o futebol.

* Jader, goleiro da Tuna, foi o maior destaque dos amistosos pré-Parazão, sobretudo pela estupenda sequência de três defesas num ataque do Papão, domingo. O santareno Jader, 28 anos, já defendeu São Raimundo, São Francisco, Tapajós, Remo, Castanhal, Carajás, Esmac e Tuna, além do Trem/AP. 

Carlos Ferreira