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O ambiente de Paysandu e Remo para estreias na Série C do Brasileiro

Carlos Ferreira

Papão em doloroso recomeço na Série C

Poderia ser uma estreia com casa cheia, na volta à Série B, mas um erro do árbitro Leandro Vuaden manteve o Papão na Série C e a pandemia está impedindo o acesso do público. A estreia contra o Santa Cruz, amanhã, vira um recomeço doloroso pelo duplo motivo. Ao mesmo tempo, essa circunstância vale como “gás” extra no desafio do acesso. Afinal, o Papão tem o mesmo comando e 70% do time. Portanto, a maioria do grupo ainda deve estar tomada pela indignação. 

Quis o destino que a estreia do Paysandu fosse contra outro pernambucano (Santa Cruz), onze meses depois da indigesta perda do acesso para o Náutico. Não há melhor forma de virar essa página do que a construção de uma nova e gloriosa história.

 

Leão sofre os efeitos da reconstrução

A troca de peças em todos os setores e a reforma tática fazem do Remo um time em reconstrução, que cuja evolução e capacidade de superação serão testadas a cada jogo, daqui pra frente. A estreia na Série C, na Bahia, contra o Jacuipense, já vai ser uma prova de fogo. O time baiano provou no campeonato estadual que tem potencial para boa campanha também na Série C.

Mazola Júnior deve estar cobrando absoluta atenção nas funções de marcação. Afinal, em plena reconstrução, essa é a prioridade óbvia. O Remo vai viver um processo lento de ajuste do time no modelo de jogo que vem sendo trabalhado. Estrear bem, domingo, será fundamental para o desenvolvimento do time, que precisa de autoconfiança. Se bem que Mazola Júnior manifesta entusiasmo com o potencial avalisdo por ele, até agora.

 

BAIXINHAS

* Além do impacto da perda do título pernambucano para o Sangueiro, esta semana, o Santa Cruz ainda tem cinco desfalques para a estreia na Série C, contra o Paysandu. Mas, como time de massa, muito cobrado pela torcida, o Santa Cruz trata isso como motivo de redenção imediata. 

* Lesão muscular do lateral Everton acende o alerta no Remo. Afinal, esse pós-quarentena trazia mesmo esse risco para todos, em todos os times. Everton está fora das duas primeiras rodadas da Serie C e das semifinais do Parazão. Pingo e Rafael Jensen são as opções. 

* Paysandu 24, Castanhal 21, Paragominas 17, Remo 16. Dos quatro semifinalistas do Parazão, o Leão Azul tem a mais baixa artilharia. A defesa azulina era a menos vazada antes da pandemia, com cinco gols, mas tomou três nesse pós-quarentena. Essa honra agora é da defesa do Paysandu, que só tomou sete gols nas dez partidas.

* Dados apresentados ontem pela coluna, destacando Eduardo Ramos como artilheiro do Remo neste século (28 gols), são somente de jogos oficiais, disponibilizados pelo portal ogol. O núcleo de comunicação do clube mostrou o levantamento de outros cinco gols, de amistosos, totalizando 33. 

* Foi providencial a contratação do goleiro André Grandi pelo Paysandu. O clube tinha Gabriel Leite como titular, Paulo Ricardo como reserva imediato e o jovem Afonso, fruto da base  como terceira opção. Afonso está sendo punido por agressão a arbitragem num jogo sub 20 contra o Carajás. Como castigo, e lição, já perde espaço no elenco profissional.

Carlos Ferreira