CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Missão desenhada para ser dramática

Caio Maia

O péssimo começo do Paysandu na Série B (apenas 4 pontos nas 11 primeiras rodadas) impôs aos bicolores uma missão que parece desenhada para ser dramática. O aproveitamento sob o comando de Claudinei Oliveira (73,3% em cinco rodadas) é melhor que o dos primeiros colocados no campeonato. A questão é que a Série B renova os desafios permanentemente.

Ainda afundado na zona de rebaixamento, o Papão, com necessidade absoluta de pontuar, enfrentará nas próximas rodadas o Coritiba, em Curitiba, e o Amazonas, em Manaus. Depois, terá confronto direto em Belém com o Athletic, que também está no bloco de risco. Apesar dos pesares, Claudinei Oliveira vai construindo no Papão a identidade de um time vencedor.

Leão, o que mudou com a troca de técnico?

O time de Daniel Paulista era compacto porque se encolhia e praticava o jogo reativo. Assim, sofria poucos gols e construía resultados explorando os erros dos adversários. Funcionou bem enquanto os times ainda se estruturavam. Com Antônio Oliveira, a ideia de propor o jogo é prejudicada por muitos erros de passe, relacionados ao distanciamento entre as linhas. Como o time não está compacto, as transições são lentas e os adversários estão atuando com mais espaço do que o normal.

Em quatro jogos, Antônio Oliveira cumpriu uma fase laboratorial e continuará experimentando alternativas na construção do seu time. Por enquanto, não há clareza sobre o que o técnico português pretende. O Leão jogará em casa nas duas próximas quintas-feiras, mas contra adversários poderosos: Novorizontino e Avaí.

BAIXINHAS

  • A titularidade de Thiago Heleno no Papão é uma questão de tempo. Para o jogo contra o Coritiba, Thalisson está suspenso por cartões amarelos. Luan Freitas está pronto para voltar, podendo atuar pelo lado direito ou no meio da zaga. Quintana (se estiver em condições) e Maurício Antônio também são concorrentes de Thiago Heleno.
  • O fato de o jogo ser em Curitiba, contra o rival do Athletico, deve aumentar a motivação de Thiago Heleno — e também de Maurício Antônio, que fez história no Coritiba. Quem não jogaria mesmo, independentemente do cartão amarelo, é Thalisson, que está no Papão emprestado pelo Coxa. Assim, a suspensão não poderia ser mais oportuna.
  • Uma fibrose óssea é o principal incômodo físico de Rossi. Enfrentando dores, o atacante bicolor vem se superando para servir ao time. Não jogou contra Ferroviária e Avaí, atuou apenas 52 minutos contra o Atlético Goianiense e cumprirá suspensão por cartões amarelos na próxima rodada. Tempo para avançar nos tratamentos.
  • Caímos na rotina dos “milagres” de Marcelo Rangel. Começamos a enxergar como normal o que é excepcional. O goleiro do Remo está defendendo demais. São defesas arrojadas e plásticas ao mesmo tempo, mas sem a irritante mania de fingir lesão para dar tempo à televisão de exibir e reexibir o replay.
  • As queixas contra a arbitragem não podem impedir os bicolores de avaliarem o trabalho de Leandro Vilela. O “rei dos cartões amarelos” está além do aceitável no jogo físico, cometendo faltas por mirar o corpo do adversário em vez da bola. No lance que resultou no pênalti e gol do Atlético Goianiense, ele assumiu todo o risco ao se enroscar com o adversário, em plena área, num lance sem bola.
  • Marcelinho, do Urumajó, entrou para as estatísticas de mortos em acidentes de trânsito pilotando moto, juntando-se aos também jogadores de futebol Thiago Marabá (Águia e Remo), Gil Cametá e Lucas Caroço. Quatro vidas de atletas perdidas nos últimos dez anos. Lukinhas sobreviveu, mas teve a carreira interrompida. Todos os acidentes ocorreram em estradas do interior.
  • Não por acaso, os grandes clubes proíbem, por cláusula contratual, que seus atletas usem moto ou se exponham a outros riscos, como saltos de paraquedas. O Remo externou recentemente que exige essa cláusula preventiva, seguindo orientação do departamento jurídico.
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Carlos Ferreira
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