Léo Rosa, primeiro título aos 35 anos?
Se a Tuna for campeã paraense no domingo, o lateral Léo Rosa, de 35 anos, fará a sua primeira festa de campeão. Caso contrário, ele vai reviver a frustração de ser vice, que já sentiu duas vezes pelo Águia e uma pelo Remo.
Léo Rosa, revelado na base do Remo, subiu ao elenco profissional em 2006 como uma grande promessa. A carreira pode não ser das mais vitoriosas, mas é das mais dignas. Quando talvez não apostasse mais, Léo Rosa se vê muito próximo de um título para coroar a carreira. Ele está levando a decisão tão a sério que não rendeu a conversa com o colunista sobre o tema, preocupado em evitar interpretações maldosas. Tanto que em todos os momentos enfatizou o respeito ao Paysandu e a certeza de que o time tunante não se deixará levar pela ilusão do favoritismo.
Papão na onda do "eu acredito"
Em 15 jogos, este ano, o Paysandu ainda não fez o que precisa fazer no domingo: vitória com margem de três gols. Mas já venceu a Tuna por 2 x 0, placar que levaria a decisão para os pênaltis. Agora, porém, a situação é de "tudo ou nada", diante de um adversário que está em estado de graça.
Wilton Bezerra, o técnico interino, vai esgotar os argumentos e as artemanhas para levantar o ânimo e a confiança dos atletas para a missão. A hora, na Curuzu, é do "eu acredito". Mas, como bem diz Wilton Bezerra, não basta acreditar, é preciso trabalhar muito nos treinos e mais ainda no jogo, dando o máximo pelo objetivo.
BAIXINHAS
*Do dois lados da decisão, a preparação está muito focada no psicológico. Os tunantes tratando de se manter imunes à euforia dos torcedores, e os bicolores tratando de provar a própria dignidade em meio ao descrédito em que caíram.
*Cris Maranhense (Bragantino) com oito gols, Paulo Rangel (Tuna) com sete, Dioguinho (Remo) com seis e Nicolas (Paysandu) com cinco. Na finalíssima do Parazão, Paulo Rangel e Nicolas terão também a oportunidade de alcançado ou até ultrapassar Cris Maranhense na artilharia.
*Paulo Rangel deixa claro que tem ambição pela artilharia do campeonato. Nicolas nem tem clima para o assunto. Afinal, o goleador bicolor está em jejum há nove jogos.
*Alto custo e baixo benefício. Renan Oliveira foi um péssimo negócio para o Leão Azul e saiu como fracasso. Felippe Borges, também dispensado ontem, foi um fracasso esperado. Veio do Juventude/RS como aposta e voltou como reprovado.
*A nova aposta do Remo tem baixo custo e potencial para fazer sucesso: Paulinho Curuá, volante, destaque do Tapajós. Em matéria de contratações, a atual gestão do Remo está conseguindo ser descendente: 42 jogadores em 2019, 27 em 2020, 19 em 2021.
*Visto à distância, o tunante Fabinho parece um menino. Mais ainda nas suas jogadas de velocidade e facilidade nos dribles e nas mudanças de direção. No entanto, o bom atacante amapaense já tem 29 anos e passagens pelo Independente de Tucuruí, Brasiliense, Altos do Piauí e vários clubes do Amapá.