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Idade cronológica x idade fisiológica, a questão do momento

Carlos Ferreira

Felipe Gedoz, 29 anos, fez este ano nove jogos (um gol) pelo Remo e cinco jogos pelo Brasiliense. Desses, apenas dois integrais. Eduardo Ramos, 36 anos, segue em atividade, mas fez somente três jogos na temporada, pelo Amazonas. Jogadores de admirável talento, mas nada admiráveis como atletas. Em consequência, velhice fisiológica precoce.

Na contramão, como atletas exemplares, o atacante Ciel, 40 anos, fez 43 jogos e 18 gols este ano como titular do Tombense, time da Série B brasileira. E os números de Nenê, titular do Vasco? 41 anos, 45 jogos, 12 gols e 11 assistências. Jogadores de admirável responsabilidade com a performance física, além de talentosos. Em consequência, "quarentões" com velhice fisiológica retardada. Ciel já contratado pelo Ferroviário/CE e Nenê negociando com o Vasco para 2023.

Evidências contra preconceito

Em todos os níveis de competição, no mundo todo, o futebol está apresentando evidências de longevidade em alta competitividade, graças aos avanços da fisiologia. Assim mesmo, segue aceso o preconceito contra a elevada idade cronológica, mesmo quando a idade fisiológica indica "lenha para queimar".

Na realidade regional, o principal nome em questão é Muriqui, 36 anos, contratado pelo Remo. Se ele vai fazer sucesso ou fracassar no Leão, só o tempo dirá. Mas Muriqui é um caso de idade fisiológica abaixo da idade cronológica. Tecnicamente, é um jogador referendado pelo seu próprio passado recente, como um dos principais jogadores de toda a Ásia por várias temporadas, antes da volta para o Brasil, contratado pelo Avaí para a Série A do campeonato brasileiro.

BAIXINHAS

* Ideal para a competitividade de qualquer time sempre será  a mescla da experiência de atletas mais velhos com o vigor físico dos mais jovens. Vejamos se será o caso do Remo de Muriqui (36), Rodriguinho (34) e Diego Ivo (33). Vejamos que grupo o Paysandu irá montar.

* É importante considerar que Remo e Paysandu são clubes extremados nas emoções. Se o ambiente não for de euforia é de melancolia. E o sentimento da torcida interfere diretamente no ambiente dos atletas, principalmente no calor dos jogos mais decisivos. Isso eleva a importância dos atletas mais "cascudos", habituados a jogar sob pressão.

* Técnicos dos 12 times do Parazão 2023: Samuel Cândido (São Francisco), Artur Bernardes (Tapajós), Emerson Almeida (Caeté), Júnior Amorim (Bragantino), Hermes Júnior (Castanhal), Rogerinho Gameleira (Cametá), Wando Costa (Itupiranga), Léo Goiano (Independente), Mathaus Sodré (Águia), Josué Teixeira (Tuna), Marcelo Cabo (Remo) e Márcio Fernandes (Paysandu).

* Márcio Fernandes ainda depende da reeleição do presidente Maurício Ettinger na  próxima quarta-feira. E Robson Melo está contratado pelo Paragominas, que aposta em vitória no STJD, para voltar ao Parazão e rebaixar Águia e Bragantino, abrindo vaga também para o Amazônia.

* Os cariocas Hermes Júnior, Artur Bernardes, Marcelo Cabo vão trabalhar pela primeira vez no nosso campeonato estadual. Bernardes já trabalhou no Remo, mas no campeonato brasileiro. O paulista Mathaus Sodré, 35 anos, trabalhou no Parazão, ano passado, no Águia, como auxiliar-técnico.

* O Parazão 2023 vai começar dia 21 de janeiro, com Remo x Independente. Demais jogos programados para a primeira rodada: Paysandu x Bragantino, Tapajós x Cametá, Itupiranga x Tuna, Castanhal x Águia, São Francisco x Caeté. 

Carlos Ferreira