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Fator físico, o 'x' da questão nos Re-Pas da superação

Carlos Ferreira

Em 35 dias, o Paysandu fez 11 jogos e cinco viagens (duas estaduais e três interestaduais). No mesmo período, o Remo fez 10 jogos e só viajou a Bragança e Manaus, mas está em adaptação ao modo Morínigo de jogar, em rotação mais alta e mais desgastante.

Fora das condições físicas ideais, castigados pela sobrecarga de março, Leão e Papão iniciam hoje a maratona de quatro clássicos decisivos. Isso sugere dosar as energias, mas, isso é possível em Re-Pa? Impor alta intensidade, porém, pode implicar em perda gradativa de competitividade. O Paysandu pode ser menos afetado por ter elenco maior. O Remo é caso de superação. Seguramente, o fator físico será o “x” da questão nessa dose quádrupla de Re-Pa.

Hélio x Morínigo, duelo de vitoriosos

Gustavo Morínigo, 47 anos, chega ao seu primeiro Re-Pa defendendo invencibilidade: seis vitórias e um empate no comando do Leão Azul. Hélio dos Anjos, 66 anos, tem oito vitórias e quatro empates nos seus 12 Re-Pas. Eles jamais de enfrentaram.   

Comandando o Remo em 1995, Hélio dos Anjos duelou com os bicolores José Carlos Serrão e Marinho Assunção. Comando o Paysandu, ele enfrentou os azulinos Márcio Fernandes, Eudes Pedro, Mazola Júnior, Marcelo Cabo e Ricardo Catalá. Hoje é o paraguaio Gustavo Morínigo quem assume o desafio de quebrar o expressivo tabu do comandante bicolor.

BAIXINHAS

* Gustavo Morínigo foi recebido no Remo sem pompa alguma, mas em dez anos de carreira já tem glórias respeitáveis. Foi vice-campeão da Libertadores 2014 com o Nacional do Paraguai (o campeão foi o San Lorenzo, da Argentina), foi campeão paranaense com o Coritiba, campeão da Copa do Nordeste com o Ceará e conduziu a seleção paraguaia ao Mundial Sub-17. Entre 2012 e 2014 foi premiado como melhor técnico do futebol paraguaio.

* O agitado Hélio dos Anjos tem oito títulos estaduais, por Vitória, Remo, Paysandu, Sport Recife, Goiás e Náutico e Ponte Preta (A2 paulista) e um título nacional da Série B pelo Goiás, além de acessos, como o do Papão no ano passado. Nesta temporada, em 17 jogos teve apenas duas derrotas, para o Juventude na Copa do Brasil e para o Manaus na Copa Verde.

* Sétima semifinal com Re-Pa em 11 anos de Copa Verde. O Papão levou a melhor em quatro, mas a última foi do Leão. A outra semifinal, Cuiabá x Vila Nova, ainda não tem datas. Os dois clubes do centro-oeste preferiram deixar para depois. 

* Jonilson, 22 anos, cada dia mais firme na zaga azulina, vai ao primeiro Re-Pa como profissional. Mesmos casos de Bruno Bispo, Sillas, Nathan, Henrique e Morínigo. Matheus Anjos está fora. No Papão, primeiro Re-Pa de Diogo Silva, Edinho, Esli Garcia, Luan Ribeiro, Geferson e Michel Macedo. Leandro Vilela fora. 

* Pesquisador Jorginho Neves revela outra série de Re-Pas em 12 dias. Foi em 2000, de 28 de maio a 8 de junho, todos pelo campeonato estadual. Duas vitórias do Papão (2 x 1, 2 x 1), um empate (1 x 1) e uma vitória do Leão (1 x 0). 

* Ytalo e sua virtude técnica. O atacante remista tem aproveitamento acima da média nas finalizações. Quando não faz gol, oferece perigo. Aos 36 anos, Ytalo se diferencia pela precisão nos fundamentos técnicos.

* No ataque do Papão, Nicolas é mais que um bom finalizador. Ele tem uma mística muito favorável para Re-Pa, com oito gols em 16 jogos. Uma energia extra! Nesta temporada ele tem 12 gols em 15 jogos. Fez dez no Parazão e dois na Copa Verde.

Carlos Ferreira