Danrley, apenas seis jogos integrais no Papão
Dos 32 jogos de Danrley pelo Paysandu, só seis integrais. São 2.197 minutos, que correspondem a 13,4 jogos integrais, com 11 gols e uma assistência. Esses seriam os números mais justos do atacante bicolor de 26 anos, que a torcida festeja pelo jogo intenso e pelos gols. O Paysandu é apenas o segundo clube da carreira do paraense Danrley, que no Independente fez 27 jogos e sete integrais. 12 gols pelo time de Tucuruí.
Por que de 59 jogos da carreira de Danrley só 13 foram do início ao fim? Porque o atleta não passou por um processo de construção fisiológica. Tem um lastro natural e uma doação plena, esforço máximo a cada lance em campo. Ou seja, Danrley não dosa suas energias. Isso o torna admirável para a torcida e mais produtivo para o time, mas o impede de fazer jogos integrais seguidamente.
Jogadores e prisões por questões de pensão alimentícia
Velber, Vânderson, Igor João, Erick Flores... No Pará e em tantos outros lugares a prisão de jogadores e ex-jogadores de futebol é fato recorrente. O drama da vez é do remista Erick Flores, preso em Erechim, após o jogo Ypiranga x Remo.
Em geral, filhos chegam quando a fama e o
o dinheiro estão fluindo. Nessa fase, há gente para resolver todas as questões dos atletas, como compras e pagamentos, por exemplo, para que eles foquem exclusivamente no futebol. Mas em algum momento as obrigações da vida caem no colo, geralmente na fase em que já não sobra dinheiro e falta consciência dos deveres. Nós casos de dívida por pensão alimentícia (dever elementar de pai), a prisão é consequência. E para Erick Flores, que permanece preso, já é a segunda vez em menos de três anos.
BAIXINHAS
* Zagueiro Bruno Leonardo está tão abalado pelo mau começo no Paysandu que levou sua angústia para as redes sociais com aceno de desistência. O atleta está ganhando o afago dos colegas para reagir à má fase. Se não tivesse valor, ele não teria feito 29 jogos pela Ferroviária de Araraquara/SP.
* Paulo Bonamigo novamente em maus lençóis junto à torcida do Remo, mas recebendo apoio do clube. Números que valem para reflexão do técnico azulino. O Remo tomou gols (12) em todos os últimos 10 jogos, e fez 13 em sete desses 10 jogos.
* Os números mostram um time com razoável produtividade ofensiva e inaceitável insegurança defensiva. O serviço de marcação precisa ser revisto e reajustado. Alguns jogadores estão dando espaço, ou quando apertam a marcação não resistem à intensidade do jogo.
* A televisão tem mostrado muito condutas agressivas de técnicos, assistentes e atletas nos bancos de Remo e Paysandu contra a arbitragem. Uma falta de equilíbrio que está rendendo expulsões frequentes de gente do banco. Maus exemplos de líderes seguidos por liderados!
* Eis que o Remo acena com outras possibilidades encaminhadas para constituição e venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). São tratativas iniciais, confidenciais, com novos investidores, não mais com o perfil reprovado da VL Dubai, que o clube descartou.
* Com o verão dando os primeiros sinais e a Prefeitura de Castanhal agindo pelos laudos que faltam para reabrir o estádio municipal, o Japiim já acionou a CBF para voltar a jogar no Modelão. O próximo jogo será no Tocantins, sábado, contra o Tocantinópolis. Também no sábado, a Tuna, em grave crise, recebe o Moto Club.
* Porta generosa do Brasiliense aberta para Felipe Gedoz, que se encaixa bem nas preferências do clube: nome destacado, passado polêmico, talento admirável e futebol descendente.