Copa do Brasil, as chances e o desafio
O sorteio de confrontos da próxima Copa do Brasil não foi nada generoso com os paraenses. Em edições anteriores, foi comum o sorteio colocar "carne assada" no caminho dos nossos times. Desta vez, o Remo visita o Esportivo, que está em pleno Gauchão. O desafio chama mais atenção do que as chances dos azulinos. Nada diferente para o Paysandu contra o Madureira. O aspecto positivo é que, passando adiante, Leão ou Papão, ou os dois, ganham moral neste começo de temporada. Para o Castanhal, estar na competição já é uma grande honra. Passar pelo Volta Redonda seria a glória. Chegar à terceira fase, um sonho, que o Bragantino já realizou.
Mais que qualquer outra vantagem, a Copa do Brasil oferece a perspectiva de dinheiro. R$ 560 mil na primeira fase, 675 mil na segunda, 1,7 milhão na terceira...
Papão pode reviver a segunda fase de 2020
Se eliminar o Madureira, o Paysandu jogará em Belém, na segunda fase, contra CRB ou Goianésia. Ano passado, o Papão eliminou o Brasiliense na estreia e foi eliminado na Curuzu, nos pênaltis, pelo CRB. O confronto pode se repetir na mesma fase e no mesmo local.
O também alagoano CSA, que enfrenta o Guarani de Sobral, pode ser adcersário do Remo. E o Sport Recife, favorito diante do Juazeirense, pode receber o Castanhal, se o Japiim conseguir superar o Voltaço.
BAIXINHAS
* Dois titulares do Sport Recife vão torcer fervorosamente pelo Japiim. O volante Betinho e o atacante Marquinhos, destaques no Sport, são frutos da base do Castanhal. Betinho foi profissionalizado pelo Remo e Marquinhos pelo Corinthians.
* É comum ouvirmos as expressões "setor defensivo" e "setor ofensivo". No futebol intenso que estamos vendo, o que há são sistemas ofensivo e defensivo. Linhas cada dia mais próximas e jogo em blocos. Conceito sistêmico de integração nas funções.
* Em que Séries estarão Remo e Paysandu quando o estádio Edgar Proença reabrir, no segundo semestre de 2022? Os dois na Série B já dariam um ótimo cenário, de merecimento da Arena Mangueirão, que vem com 53 mil lugares.
* Quem estiver pelo menos na Série B, na abertura da Arena Mangueirão, vai se beneficiar grandemente da nova capacidade de público para resultados financeiros. O Leão só precaria se manter. O Papão precisa do acesso, que será disputado com todas as forças este ano.
* Um desafio da coluna à Seel! Nos seus 43 anos, o Mangueirão tem uma história de recordes e heróis ocultos, por falta de estatísticas. Alguns pesquisadores como Ferreira da Costa, Orlando Ruffeil e Jorginho Neves têm credenciais para levantar dados do futebol paraense nas quatro décadas do estádio. Que tal, Seel?
* Supõe-se que o recordista de jogos no "Edgar Proença" esteja entre Dico, Edson, Mesquita, Belterra e Rogerinho. Maior probabilidade para os dois últimos. E o principal artilheiro entre Bira, Dadinho, Cabinho, Edil, Ageu, Robgol e Vandick. Apenas supomos!