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Com êxito, Shulle repete estratégia de Mazola

Carlos Ferreira

Time bem fechado e posse de bola para o adversário. Jogo reativo! Com êxito, Itamar Shulle está fazendo no Papão, neste início de temporada, o que Mazola Júnior fez com o Remo na Série C. Afinal, time em construção exige a prioridade para o sistema defensivo.

Mazola caiu porque, apesar da solidez do sistema defensivo, o Remo não evoluiu no sistema ofensivo. Itamar Shulle deve estar ciente de que chegará o momento das cobranças por rendimento ofensivo, e já pode ser amanhã, no RJ, contra o Madureira, na Copa do Brasil. O Papão está na fase do encaixe de peças, com estreias a cada jogo, certamente mirando o Re-Pa, como teste de fogo, dia 21, na Curuzu, mas esse jogo contra o Madureira, pelo caráter eliminatório, deverá ser um bom parâmetro.

Bonamigo inspirado em Bonamigo

Como quem se inspira em si mesmo, Paulo Bonamigo empregou no Remo o mesmo modelo de jogo que funcionou com sucesso no Boa Vista/RJ, e, nessa segunda reconstrução da equipe, está mantendo as características táticas fundamentais. Sobretudo, as dobradinhas e trangulações pelos lados do campo.

O Remo/2021 é mais jóvem, mais intenso e tem mais recursos do meio pra frente. Precisa, com urgência, melhorar a primeira linha de marcação. Vale lembrar sempre que até o jogo do acesso à Série B, o Leão tomada apenas 0,6 gol por jogo e que essa média triplicou no pós acesso. Em 12 jogos, só saiu de campo sem tomar gols duas vezes. O time está vulnerável, rendendo bem melhor com posse de bola do que na marcação.

BAIXINHAS

* Começo de temporada exige comedimento nas análises. A fase é apenas para impressões. Agora, ninguém pode ser condenado nem consagrado. Nas impressões, estão em alta os azulinos Renan Gorne e Jeferson Lima, e os bicolores Israel e Igor Gularte.

* Já cabem análises conclusivas para o lateral azulino Wellington Silva, que está honrando o currículo: Flamengo, Fluminense, Inter... Aos 32 anos, está mostrando vigor físico e fazendo esquecer Ricardo Luz.

* No campeonato estadual, intervalo de 10 dias de um jogo para outro, para os bicolores. Mas a Copa do Brasil quebra esse intervalo e desafia o Papão em jogo eliminatório contra o Madureira, dentro dessa fase laboratorial, nas experimentações de Itamar Shulle.

* Leão sem Vinícius. Desta vez a raridade é provocada pela Covid. Espaço aberto para Thiago Rodrigues contra Itupiranga e Esportivo. Thiago tem a confiança de todos no Baenão e a concorrência do gigante Rodrigo Josviaki.

* A Tuna é um caso de ansiedade prejudicial. Está encaixando peças que mudam o padrão tático e paga o preço da motivação que dá aos adversários. Todos os outros coadjuvantes do campeonato tratam o jogo contra a Tuna como jogo especial e esmeram mais, em todas as valências.

* A mobilização da torcida do Remo pela volta de Felipe Gedoz, inclusive com suporte financeiro, via Pix, impõe ao jogador uma responsabilidade extra, de corresponder plenamente. Gedoz, 27 anos, é avaliado no Baenão como "bom de grupo", uma liderança comportamental e técnica muito positiva. 

Carlos Ferreira