Com algumas melhoras, Leão faz a obrigação na CV
Marcelo Rangel, Pavani e principalmente Kanu. Três destaques individuais do Remo na vitória (3 x 1) sobre o Trem. Ribamar também teve noite especial, com o seu primeiro gol vestindo azul-marinho. Mas, coletivamente, o time ainda foi confuso.
O técnico estreante Gustavo Morínigo melhorou alguns posicionamentos e criou discretas variações no ataque. Bom sinal, mas há muitos ajustes a serem feitos para que o time funcione como engrenagem. O Leão avançou na Copa Verde, vai enfrentar o Amazonas, e melhorou o astral para os confrontos com o Santa Rosa no Parazão.
Intensidade e calendário exigem elenco grande no Papão
O Paysandu pratica um futebol de imposição física, em alta intensidade. Isso, somado à maratona de um calendário carregado, exige rotatividade de atletas. Por isso, Hélio dos Anjos faz tanta cobrança de contratações. Ele precisa de quantidade e qualidade para ter competitividade ao longo da temporada, especialmente na Série B.
No calendário carregado, o Papão está com Parazão, Copa do Brasil e Copa Verde ao mesmo tempo. Depois, virá a rotina de jogos e longas viagens na Série B. Para suportar com sucesso, só aliando quantidade e qualidade de atletas. O desafio é grandioso!
Contra o Bragantino o Papão é favorito para a classificação, mas nem tanto para esse jogo de Bragança. O adversário está na plenitude em todos os aspectos e vai exigir muito.
BAIXINHAS
* Zagueiro Diego Ivo, titular do Confiança, 8 jogos na temporada. Volante Anderson Uchôa, titularíssimo do Ypiranga/RS, 12 jogos. Meia Richard Franco, titular do Retrô, 10 jogos e um gol. Três atletas que o Remo não deveria ter liberado. Muriqui não emplacou no Joinville e pediu para sair.
* Se o Remo tem três gringos na comissão técnica, o Amazonas tem dois no time. São os argentinos Iván Alvariño, zagueiro emprestado pelo Boca Juniors, e Diego Torres, meia, remanescente do elenco vitorioso de 2023. Os estrangeiros vão dar um tom de internacionalidade no confronto Leão x Onça na próxima fase da Copa Verde.
* A Tuna está sem o zagueiro Marlon há um mês. Ele se lesionou na vitória sobre o Remo, mas vem sendo bem substituído por Yan na dupla com Dedé. Para o confronto com o São Francisco a Tuna leva não só o vice-artilheiro, Jonathan Chula (seis gols), como também o ataque mais produtivo do campeonato: 17 gols.
* Júnior Dindê, volante que está se destacando no Águia, é cearense, tem 29 anos, bem rodados em clubes do interior do Ceará e do Piauí. Mas antes de vir para o clube marabaense ele estava no Vitória das Tabocas/Pernambuco.
* Paysandu tomou apenas dois gols em 10 jogos na temporada. No entanto, no jogo contra o Rio Branco algumas desatenções deram boas chances de finalização ao time do Acre. Em jogos eliminatórios, como o de Caxias do Sul, na próxima quarta-feira, contra o Juventude, ou de “mata-mata”, como o de amanhã, em Bragança, contra o Bragantino, desatenções podem custar muito caro.
* O "não" do Goiás para empréstimo do atacante Vinícius frustrou Hélio dos Anjos. O técnico do Papão queria muito o atleta para a sequência da temporada. O clube está em busca de um atacante e um meia, com possibilidade também para mais um zagueiro.
* Socorro Marinho, presidente do Trem/AP, ganhou destaque na véspera do Dia das Mulheres com justo protagonismo. É uma das tantas representantes das mulheres no futebol brasileiro. Elas estão nos bastidores, no gramado, nas arquibancadas, na imprensa, nos tribunais... A elas dedico a coluna de hoje.