Acesso, se vier, será em hora estratégica
O Leão está com todo o gás e um pouco mais. O ambiente contagiante, potencializado na sexta-feira pelo carinho de uma multidão no aeroporto, está mantendo os atletas no máximo de empenho e de esmero nos treinos e nos jogos. No próximo domingo, plenitude da força azulina contra a Chapecoense no Baenão, pela sétima vitória seguida e engatilhamento do acesso. E se é jogo difícil para o Remo, imagem para a Chape...!
Se o acesso for confirmado, vai coincidir com a COP30 e a imprensa do mundo todo em Belém. A hora não poderia ser mais estratégica. Imaginem a festa da torcida sendo pauta da imprensa internacional e a imensa projeção do clube para todas as regiões do planeta. Mais que um acesso, seria uma dádiva.
Obrigação ou favor?
Depoimento de Márcio Fernandes deixou claro que a mudança de atitude do Paysandu no segundo tempo, contra o Avaí, foi por forte cobrança no intervalo e escolha de quem estava disposto a correr. É como se a obrigação tivesse virar favor ao chefe.
Para uns, salário e direitos de imagem atrasados, ambiente de desânimo, justificam descaso. Para outros, prevalecem a honra profissional e a percepção de que a postura nesse momento campeonato pode atrair ou afastar o interesse de outros clubes para 2026. O Papão não apenas cai para a Série C como entra numa vexatória exposição de mazelas financeiras e políticas.
BAIXINHAS
* Nas quatro últimas temporadas, Goiânia foi a cidade de grandes glórias para o Paysandu, com três títulos da Copa Verde, dois diante do Vila Nova e um diante do Goiás. Na próxima sexta-feira, porém, poderá ser a cidade de um tenebroso rebaixamento à Série C, em jogo contra o Atlético Goianiense, mesmo clube que rebaixou o Papão de B pa C em 2018.
* A Série A 2026 será a primeira depois do sucesso de clubes brasileiros no primeiro Mundial de Clubes da FIFA. A consequência esperada é a abertura de novos mercados para as transmissões de televisão e mais dinheiro para os clubes. O Remo está bem encaminhado para essa provável bonança.
* Os benefícios da COP30 seriam maiores se o Remo não tivesse virado as costas para oportunidades de se mostrar ao planeta engajado nas causas ambientais. Assim mesmo, está a um passo de se estabelecer como referência da Amazônia (no futebol) aos olhos do mundo, e abrir novas perspectivas.
* Subindo mesmo à Série A, como representante da Amazônia, o Remo vai lucrar muito se tiver um bom serviço de marketing. Isso pode produzir ótimas respostas mercadológicas, mais ainda operadas por Marcos Braz. O fato é que o Remo vai se encher de possibilidades, se o acesso realmente vier.
* Jogadores à margem do elenco do Paysandu: Rossi, Dudu Vieira, Ramon Martinez, Delvalle, PK e os lesionados Quintana, Matheus Vargas e Leandro Vilela. Novillo é outro que não vem jogando. O Papão sofre o descompromisso que promoveu.
* Peterson evoluiu de esquecido a alternativa para Márcio Fernandes. O atacante tem entrado muito bem no time e fez um golaço (anulado por infração em lance anterior) contra o Avaí. Está aproveitando bem as oportunidades de fechar a temporada em boa impressão.
* Justamente quando atingiu o seu melhor rendimento e até fez gol, Panagiotis sofre lesão e sai do time azulino. Nathan Pescador, que tem sido o substituto do grego, não tem o mesmo poder de criar jogadas, mas é mais ativo e dá maior dinâmica ao time, nas funções de marcação e conexão de jogadas.
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