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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Acredite! Japiim supera Leão e Papão nas importações

Carlos Ferreira
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Você considera exagero o Paysandu ter 15 e Remo 13 jogadores importados para este Parazão? Saiba, então, que pela primeira vez na história do campeonato estadual os dois foram superados. O Castanhal importou quase todo o elenco: 25 atletas, além do técnico Hermes Júnior e do preparador físico Lúcio Diogo.

Com preciosa contribuição de Juarez Scotta, titular do departamento de registro da FPF, a coluna apresenta o ranking das importações dos 12 clubes do Parazão 2023. Observe que o Remo é o 5° nessas estatísticas.

Castanhal............25
Paysandu............15
Tapajós...............14
Bragantino..........14
Remo..................13
Itupiranga...........11
Águia..................09
Cametá...............09
Caeté..................08
Independente.....07
São Francisco....05
Tuna Luso..........03

Recorde e reflexões

Ao todo, 123 jogadores transferidos de outras Federações e Confederações até a última sexta-feira. Esse número recorde na história centenária do Parazão, inclusive com oito estrangeiros (seis da América do Sul e dois da África) equivale a um terço do total geral de jogadores no campeonato. E vai aumentar durante a competição!

Mais importador do que nunca, o mercado paraense impõe uma reflexão. Quais as circunstâncias, causas e consequências?

BAIXINHAS

* O Castanhal justifica a sua enxurrada de importados pelo fator financeiro. O clube alega pedidas salariais muito altas dos atletas regionais. Em média, o dobro do que vai pagar aos trazidos de fora.

* Outro fator determinante está nas parcerias com investidores, mesmo caso de Tapajós. Os clubes e competições são vitrines na visão dos investidores. Isso vai mudando o perfil dos clubes mais abertos às investidas.

* Se forem somados os 123 atletas recém importados aos que já estavam no mercado paraense e aos que ainda vão chegar, a legião de fora chegará à mesma proporção dos nativos no Parazão 2023. Isso é inédito!

* Dos 12 técnicos que começam este campeonato, só três são paraenses: Emerson Almeida (Caeté), Júnior Amorim (Bragantino) e Wando Costa (Itupiranga). O carioca Samuel Cândido (São Francisco) e o paulista Rogerinho Gameleira (Cametá) chegaram atletas, viraram técnicos e criaram raízes no Pará.

* Demais técnicos: cariocas Marcelo Cabo (Remo), Hermes Júnior (Castanhal), Artur Bernardes (Tapajós) e Josué Teixeira (Tuna); paulistas Márcio Fernandes (Paysandu) e Mathaus Sodré (Águia), além de Léo Goiano (Independente).

* A expressão “Parazão” passou a fazer sentido em 1998, com o processo de interiorização, nas entradas do Castanhal, do Águia de Marabá, São Francisco e São Raimundo de Santarém. Mas em 1976/77 houve uma experiência com o Internacional de Alenquer, o Santarém, o Altamira, o Atlético Abaetetubense e o Atlético de Marabá.    

* O último Campeonato Paraense estritamente metropolitano foi o de 1979, com Remo, Paysandu, Tuna, Sport Belém, Tiradentes e Liberato de Castro. Em 1980 o Izabelense passou a participar e, ao sair, foi substituído pelo Bragantino como representante do interior.

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Carlos Ferreira
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