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A glória dos rejeitados

Carlos Ferreira

Wellington Reis, Jefinho e Henan, rejeitados do Paysandu, Daniel Vançan, Guilherme Garré, rejeitados no Remo, estão glorificados no acesso do ABC. Por quê? Pra responder é importante salientar que o ABC subiu com investimento bem menor que os de Leão e Papão, com outros atletas rejeitados por outros clubes. Novamente, por quê?

O ABC está numa fase de sucessivas glórias (títulos estaduais, destaque na Copa do Brasil e dois acessos seguidos no campeonato brasileiro) e nem por isso perde o rumo. O comando sóbrio cumpre o papel de cobranças e o trabalho flui profissionalmente. Essa é resposta! Serenidade e responsabilidade fazem o "segredo" do vitorioso alvinegro potiguar.

Empáfia de um, desmando do outro

Por que o sucesso é véspera do fracasso no Paysandu e no Remo? Nesta Série C, empáfia de um e desmando (no futebol) do outro. Esses fatores se alternam ou se somam na dupla Re-Pa conforme o vento. São dois clubes que convivem melhor com o fracasso, buscando reação, do que com o sucesso, que embriaga.

O veneno das vaidades fez o Leão Azul perder o rumo depois do acesso à Série B e pagar o preço logo em seguida com rebaixamento. No Papão, esta Série C aflorou soberba na fase classificatória. O time foi superestimado, na tolice recorrente de tomar o rival como parâmetro. Como o Remo não passou da primeira fase, os bicolores (todos os segmentos) inflaram e tropeçaram nas próprias ilusões. O Papão entrou no quadrangular sob mais celebrações do que cobrança. Perdeu competitividade e fez papelão.

BAIXINHAS

* Esta é a pior semana do ano para o Papão. Em plena melancolia vai ter que fazer a despedida em casa contra um Vitória que joga para subir. Um triste fim de trajetória que reserva fatos novos. Vejamos o que vai rolar até sábado!

* No final de outubro o Papão vai estrear na Copa Verde. Até lá, realinhamento financeiro e a inevitável perda de jogadores importantes. A CV que o Paysandu tanto queria para esse período por impossibilitar o Remo, agora torna-se um fardo que coincide com o período eleitoral do clube.

* João Nasser Neto tem no Santa Rosa o desafio de confirmar sua competência como técnico. Está no comando de um dos favoritos ao acesso. O Santa Rosa está numa discreta parceria com o Remo e namorando a cidade de Ourém para representá-la. O patrono Luis Omar Pinheiro é o "cupido".

* O Paysandu sofreu 11 derrotas em 40 jogos na temporada. Cinco dessas 11 derrotas foram nos seis últimos jogos, quando o time bicolor fez apenas dois dos 64 gols marcados em 2022 no Parazão, Copa do Brasil e Série C. Vertiginosa queda de rendimento!

* Nada mais oportuno para o Paysandu que a sessão extraordinária do Conselho Deliberativo tem SAF em pauta, dias depois da eliminação. Especialistas de mercado vão dar palestra sobre o funcionamento da Sociedade Anônima do Futebol.

* Josué Teixeira, que atualmente é um "faz tudo" no futebol da Tuna teve o nome lembrado no Remo para coordenador de futebol, e foi muito bem aceito. Josué foi técnico do Leão Azul em 2017.

Carlos Ferreira