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No campo das percepções, julgamento tá ON

Bel Soares

A palavra currículo vem do latim “currere” que significa rota (ou caminho) e, assim como o seu portfólio ou a rede social corporativa que você utiliza, serve para percorrer o trajeto de toda sua jornada profissional com o intuito de mostrar ao mercado por onde você passou e o que, supostamente, sabe fazer. Daí se você coleciona credenciais de especializações, MBA, curso de idiomas e experiências profissionais por lugares conceituados, tá achando que o jogo tá ganho, né?

Mas devo lhe informar que não faz muito tempo que esses eram meios suficientes para julgar se você merecia ou não ouvir o “bem-vindo ao nosso time” ou, no caso dos profissionais autônomos, algo como: “Quero fechar com você”.  O fato, meu caro ou minha cara, é que hoje o julgamento também se encontra no campo das percepções, o que tem dado uma sentença cruel pra quem não se atentou a isso.

Se você chegou até esse terceiro parágrafo, te proponho a refletir sobre duas perguntas: “Como você acha que é percebido?” e “Como você gostaria de ser percebido?”. Num primeiro momento, as pessoas tem a tendência de utilizar respostas parecidas para essas duas perguntas, cometendo o ledo engano que acomete muita gente: achar que o outro nos percebe da maneira exata como gostaríamos de ser percebidos.

Acontece que o outro está te percebendo nesse exato momento. Ele é essa pessoa que está na sua frente, como você a tratou? Ele é a pessoa que está lendo seu e-mail, como você respondeu? Sim, ele está lendo sua mensagem de whatsapp, como você escreveu? Ou qual era o seu tom de voz no áudio que enviou? Ele é essa pessoa que você nem sequer dá um bom dia e ele também é aquela pessoa que observa como você trata as outras pessoas, em especial aquelas que não podem te trazer benefícios.

Seja bem-vindo ao campo das percepções, e você, eu e todos nós entramos nele todos os dias, querendo ou não. E nesse lugar tem muita oportunidade que você pode está perdendo simplesmente porque não percebeu que o cenário está cada vez mais indo na rota da humanização. Sabe aquele porteiro que você nem sequer olhou no olho? Ele já falou desse seu jeito pra muita gente, sabia?

E por mais que você venha com o discurso de “não ligo para o que os outros pensam de mim”, devo te dizer que você se importa sim, só não assume porque seu ego não é chegado a vulnerabilidades. Você faz parte do time dos inseguros.

Tenho um remédio que você pode tomar sem moderação:  Autoconhecimento.

Quem se conhece entende que excelência é, sobretudo, uma atitude perante a vida. Trabalhar o território das percepções vai te fazer bem e agregar valor a sua marca pessoal.

O julgamento tá ON no campo das percepções, não esteja off !

Beabá com Bel