Mais uma edição do Big Brother Brasil tá rolando e quando isso acontece sempre surgem perguntas do tipo “e se você fosse convidada(o), toparia?”
Eu já ouvi gente respondendo que não iria e gente que toparia sem nem pensar duas vezes. Daí, meu lado virginiana, observador e analítico, prestou bastante atenção nos “porquês” e é sobre isso que vim falar aqui.
Entre as inúmeras respostas da turma que recusaria, as que mais apareceram foram que não tinham emocional para o reality e que não tinham coragem de expor seus corpos no “momento piscina” na casa mais vigiada do Brasil.
Então, o que podemos perceber com tais argumentos? Que habilidades como inteligência emocional e autoaceitação ainda são um desafio (enorme) para a grande maioria das pessoas de nossa sociedade.
E dados comportamentais sempre devem servir para analisarmos a nós mesmos. Portanto, você que tá lendo esse artigo saberia lidar e conviver com diferentes personalidades num cenário onde seus limites, físicos e emocionais, são desafiados e testados? Saberia lidar com a pressão de ser vigiado 24hs por dia? Saberia lidar com pessoas, até então estranhas, expondo suas opiniões sobre você num jogo da discórdia assistido por todo Brasil? E na hora de colocar o corpo pra jogo? Teria vergonha ou relaxaria porque sua autoestima é bem trabalhada e isso vai muito além do espelho? Vale olhar pra si e responder essas perguntas sabia? Eu mesma respondi e percebi que a parte do biquíni também me deixaria bem desconfortável. Sem contar que eu não aceitaria também pelo fato de saber que tal exposição poderia arranhar minha marca pessoal (que é meu nome e sobrenome) que gerencio com todo cuidado. E tendo esse cuidado, sei que não dá pra estar 100% coerente, quem dirá num raio tão grande de alcance como é o caso de um reality show.
Já entre as respostas dos que topariam participar a que mais escutei foi a fama que ganhariam com o programa. Essa resposta também traz um dado comportamental muito evidente, a busca desenfreada por atenção, esse ativo tão valioso e muitas vezes escasso. No fundo o que essas pessoas querem ao desejar fama é ter a atenção de todos para si. Mais uma vez vale a pena olhar pra dentro e se perguntar: porque?
Deixo claro que não existe certo e errado em quem aceita e quem não aceita, existe apenas (viva) a diversidade de opiniões.
Eu, particularmente, fico com uma frase que li e carrego comigo, que diz: “Melhor do que ser conhecido é ser reconhecido”.
Até a próxima!