Remo e Paysandu fizeram suas obrigações e chegaram na final do Parazão e semifinal da Copa Verde. Não se esperava nada diferente disso e com dois planteis mais caros da temporada. Isso não tira a obrigação do título estadual, mas também ser clássico não define obrigatoriamente ninguém. Mas sabemos que é mais um campeonato à parte e sair derrotado é ficar com mancha. São dois times em momento distinto, com o Paysandu bem mais montado e com padrão de jogo e o Remo se esforçando muito a cada jogo para conseguir vencer de pouco e arrastado. Só mesmo a tradição do clássico pode igualar a disputa. Só isso mesmo.
A Tuna estava satisfeita.
Foi notório perceber que a diretoria da Tuna Luso estava satisfeita em ter conseguido a Série D e sabendo que disputaria a vaga da Copa do Brasil. Aceitar arbitragem local nos dois jogos e aceitar percentual das duas rendas. Apequenou e muito a Águia na disputa. Tanto é que saiu dos dois confrontos prejudicada pela arbitragem. A Tuna não pode ser grande só na tradição, precisa se fazer grande no respeito que precisa ter até dela mesma. Ao mesmo tempo, essa diretoria que aí está é a grande responsável pelo futebol do clube ressurgir e brigar por coisas grandes. Esse time um pouco reforçado faria uma excelente Série D.
Os clássicos com peso bicolor.
Os clássicos e decisões possuem peso maior para a equipe bicolor. É time de Série B, não perdeu no campeonato paraense, tem o Hélio dos Anjos, que nunca perdeu Re-Pa e que não aceita nada menos do que quatro vitórias. O Hélio é contundente nos seus erros e acertos e transforma o ambiente para o lado positivo e negativo, dependendo do rendimento e das críticas. Com o Hélio o clima é tenso sempre, por ele se colocar nesse lugar dentro e fora do seu trabalho. É o clima que o treinador gosta de trabalhar, como ele gosta de trabalhar e que tem dado resultado. Vai ser interessante assistir aos quatro clássicos com ele.
Apito final.
Surreal intercalar os jogos entre Remo e Paysandu, com os dois disputando duas competições. Se para o jogador isso já é difícil, imagina para o torcedor. O negócio será colocar na cabeça que tem que ganhar todos os jogos mesmo. Esse será o objetivo.
No Remo fica parecendo que na preleção para o primeiro tempo, o treinador usa a sua língua mãe. Já no intervalo, fala em português. Não é possível um time mudar tanto para o segundo tempo. O próprio Gustavo, treinador, já disse que tenta corrigir.
Parece que o Hélio estava errado ou deu a corda e conseguiu fazer a Tuna dar mais trabalho do que deveria para o Remo. O treinador disse que o Águia era muito mais forte que a Tuna. Com isso o Remo pegaria o adversário mais fácil. Não foi isso que vimos.