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Somos uma vergonha na Série C

Abner Luiz

Em 18 pontos disputados por Remo e Paysandu, o futebol do Pará só ganhou três na Série C em três rodadas, com uma vitória do Paysandu em casa, ajudado pela arbitragem. Ontem a arbitragem tentou ajudar o Remo em casa contra o Amazonas, mas o time, tão atrapalhado, nem com ajuda conseguiu empatar. Isso não é do futebol, não, isso é de quem não se prepara ou acha que já ganhou algo sem ter conquistado. Essa semana promete ser terrível dos dois lados da Almirante Barroso e com razão. Não merecemos tantos resultados ruins na Série C, o único campeonato que importa para o torcedor paraense.

O encantador de serpentes

Ninguém consegue esquecer as falas do Marcelo Cabo, que não condizem com o que o torcedor assiste em campo. A mudança no time e de atitude, foi lançar Diego Ivo no fim de carreira como titular e não tendo força em cortar as duas bolas que entraram no gol do Remo e trouxeram a derrota. Cabo conseguiu superar o amor que a diretoria nutriu pelo Bonamigo, merecendo declaração de amor nas redes do clube, por ter vencido o Cametá por 4 a 0. Fechando a coluna antes mesmo da coletiva pós-jogo, não acredito na demissão do treinador, que perdeu os três primeiros jogos e escalou três equipes que não renderam coisa alguma.

Sem paz de espírito

Já era difícil acreditar em um bom futebol, imagina em uma vitória do Paysandu contra o Cametá. O momento interno do clube é bem ruim e conseguir motivar um grupo que já está fora da disputa do Parazão, vindo do Sul do país, para jogar no meio da tarde em Cametá, não é para qualquer um não. O Paysandu ainda disputa a terceira posição no Parazão e o título da Copa Verde, só consegue atrapalhar o que precisa melhorar para a disputa da Série C. Sinceramente falando, são competições de importância alguma para os jogadores, que têm em mente recuperar na Série C. Mesmo não vencendo, a cobrança vai continuar a mesma.

Apito final.

Quem faz crise é o torcedor, a imprensa precisa ser distante da emoção e tentar focar no problema. Mas quem paga a conta é o torcedor, que diferente da imprensa, não compra ingressos e banca o clube.

Ao torcedor, o direito de protestar e a permissão de, na primeira vitória, achar que o time é o melhor do mundo. Principalmente se o time ganhar do rival. O torcedor às vezes pede muito pouco, quando se precisa de muito mais.

Um volante que só joga para os lados e para trás, quando o futebol atual pede volantes que construam o jogo, não pode completar 100 jogos com a camisa de um clube. O Uchôa conseguiu essa proeza no Remo.

Uma semana interessante a que o futebol paraense terá. O que de novidade e que agrade ao torcedor, os dirigentes de Remo e Paysandu irão conseguir? Poderiam começar se livrando de quem já provou que não irá ajudar. 

Abner Luiz