No Remo, o nó é o futebol
Reconhecidamente, após a coletiva do presidente Fábio Bentes, ficou claro que o grande nó da sua administração é o futebol. Infelizmente, é o setor que o torcedor mais se importa e que o Fabio, como presidente, cometeu os maiores erros. Hoje o presidente já reconhece isso, antes tinha dificuldades, dando justificativas que não colavam e claramente os resultados mostraram isso. Agora, na despedida, apesar de dizer que acredita ainda na classificação, devido o torcedor só levar em conta o futebol, corre o risco de sair, tendo apagado o tanto do que fez administrativamente. Infelizmente, é assim!
Os torcedores acreditam no Hélio
Natural que duas vitórias seguidas e o time mais ligado em campo, trouxe para geral a confiança na classificação do Paysandu. Mas quem conhece um pouco futebol, isso não pode ser confundido com melhoramento técnico do time. O Hélio mudou a disposição do grupo, fez o time correr mais e não fez o time ser qualificado. Se o fosse, não teria esperado o Remo no seu campo e teria enfiado uma goleada nos contra-ataques. Hélio despertou em muitos a curiosidade de como esse time vai se comportar daqui para frente. Em Re-Pa o jogador entrega tudo, mas a Série C não é feita somente de Re-Pa.
Só quem tem muita coragem!
Quem não aceita ser presidente de clube em Belém não pode ser chamado de medroso, mas também não pode ser condenado, não. A violência que se tornou as redes sociais desencoraja muita gente a sequer comentar na família que quer se candidatar. No Remo, nomes muito bons, que inclusive estão no clube, se arrepiam ao pensar na ideia de assumir o clube. Mas existem casos no futebol paraense que essas ameaças, agressões, não importam, quando estiver na cadeira de presidente, facilita em fazer negócios particulares no estado. Qual será o corajoso e sem intenção escusa?
Executivo não consegue trabalhar
Não adianta os dirigentes negarem. Os executivos de futebol que chegam em Remo e Paysandu são verdadeiros secretários de dirigentes e são muito pouco ouvidos. Exercem mais a função de síndico, quando cobram organização de funcionários centenários, perde a força quando não pode demitir. Aí o cara relaxa, vê como funciona e fica recebendo um bom salário, comendo bem em Belém e rodando o Brasil. Não tem um executivo que passe no futebol paraense que não acuse o que estou descrevendo aqui em poucas linhas. Ainda servem de escudo para os próprios dirigentes.
Apito final.
O Remo repete o que fez o Paysandu, quando demitiu o executivo Fred Gomes, antes de acabar a primeira fase da Série C, ficando o resto da temporada sem um profissional da função.
Futebol é como a vida, em segundos tudo pode mudar. Os gols perdidos por displicência do Mário Sérgio no Re-Pa poderiam terem o tirado da consagração de ter feito o gol da vitória.
Agora está entendido o motivo do Catalá insistir com a escalação do Marcelo no time titular do Remo. O presidente disse na coletiva que foi um jogador que o treinador apontou. Horrível!
Tuna Luso jogando no Mangueirão, contrariando o que os clubes dizem para levar o jogo para o nosso Colosso. Como tem pequena média de público, será que vai pagar para jogar? Ou a mãe que é o Estado vai conceder esse benefício?