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A igreja viva em cada cristão

Diácono Leonardo Monteiro explica que tão importante quanto as procissões é a descoberta pessoal que cada devoto encontra para manter acesa a tradição do Círio

O Liberal

Em 2020, o grande número de pessoas que foi às ruas de Belém mesmo sem as procissões do Círio mostrou parte do impacto que a pandemia gerada pelo novo coronavírus provocou na maior festa religiosa de América Latina. Daí o esforço da Diretoria da Festa de Nazaré em reinventar muito do evento até que as coisas voltem ao normal. Mas uma coisa não muda nesse intervalo de tempo: a espiritualidade.

“Remonto aos tempos de Cristo, onde a igreja nascia nas pessoas e nas casas dos cristãos. Os templos e as grandes catedrais, assim como as procissões, vieram depois. Então é preciso entender que, assim como no início, o seio da igreja continua sendo a nossa casa e os nossos corações”. A análise é do diácono Leonardo Monteiro, que em dezembro será ordenado padre na Basílica Santuário de Nazaré.

Durante entrevista nos estúdios de oliberal.com, o religioso falou sobre a carência que muitos católicos sentem por conta da ausência de procissões. “Temos visto como as casas ficam cheias e as pessoas muito emotivas durante as visitas realizadas pela imagem peregrina nesse período que antecede o Círio”.

Contudo, Leonardo Monteiro explica que a reinvenção da festa precisa acontecer também em âmbito pessoal, mas sempre com respeito e responsabilidade. “Faça uma análise de como pagar uma promessa ajudando o próximo ou, de repente, realizar um trajeto sem comprometer a segurança alheia com aglomerações. Sempre é bom lembrar que, além de cristãos, também somos cidadãos responsáveis”, explica o diácono.

4ª Edição