Em 2024, turistas devem gastar 10% a mais no Círio de Nazaré em relação ao último ano
Puxado por hospedagem e transporte, os visitantes que vierem à festa de Nossa Senhora de Nazaré devem preparar o bolso.
Para 2024, estima-se que o Círio de Nazaré trará aproximadamente 89 mil turistas venham à Belém para as festividades. E este ano, segundo o DIEESE Pará, os visitantes que planejam vir a Belém para a celebração este ano enfrentarão custos significativamente mais altos, especialmente com transporte e hospedagem, que registratam um aumento de mais de 10% em relação à festividade do último ano. Ao todo, os visitantes que vierem à festa de Nossa Senhora de Nazaré devem injetar quase R$190 milhões de reais na economia local.
De acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, os gastos com transporte e hospedagem registraram um aumento de mais de 10%, somado às despesas com alimentação, artesanato e lazer, deve elevar ainda mais o custo da experiência para os romeiros e turistas que vêm à capital paraense participar das festividades.
Os turistas que vêm a Belém para o Círio de Nazaré utilizam principalmente o avião como meio de transporte, representando 75,6% do total de visitantes. Outros 14,3% utilizam ônibus de empresas, enquanto 4,9% viajam em carros particulares. As opções mais alternativas, como ônibus de excursão, navios e barcos, somam menos de 5% dos meios de transporte utilizados.
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O setor de alimentação tem um faturamento maior que o de hotelaria, segundo Fernando Soares. O diretor jurídico do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará explica o motivo: “As pessoas que vêm para o meio de hospedagem ficam de 3 a 5 dias na cidade e depois vão embora. Já a alimentação pega todos os 15 dias. Então você tem um grupo de turistas que são internos, no próprio estado do Pará, que vem pra capital, pra casa de amigos, família. Essas pessoas ficam 15 dias.”
A hospedagem também segue um padrão semelhante, com 39,3% dos turistas preferindo ficar em hotéis. No entanto, há uma forte participação de pessoas que se hospedam em casas de parentes (33,1%) e amigos (19,8%), refletindo uma tentativa de economizar nas despesas em um cenário de custos altos. Casas alugadas também são uma opção para 4,6% dos visitantes, enquanto uma pequena parcela de 2% possui casa própria na cidade. Hospedagem em igrejas e outros tipos de acomodação somam menos de 1% do total.
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