Círio 2023: exposição da corda na Estação das Docas emociona devotos de Nossa Senhora de Nazaré
A corda poderá ser vista no Armazém 1 até a madrugada de 8 de outubro, quando será levada para ser usada na grande procissão
A corda poderá ser vista no Armazém 1 até a madrugada de 8 de outubro, quando será levada para ser usada na grande procissão
Parte da Corda do Círio de Nazaré está em exposição na Estação das Docas, em Belém. É a quarta vez que o complexo turístico recebe o símbolo da fé nazarena para expor a visitantes. E o momento de ficar perto desse que é um dos principais símbolos do Círio emociona as pessoas.
Morando no bairro do Guamá, em Belém, mas nascida em Cachoeira do Arari, no Marajó, dona Maria José Cardoso tem 70 anos e é devota de Nossa Senhora. Ela se emocionou ao ficar pertinho de parte da corda (400 metros - os outros 400 metros serão metros serão usados na Trasladação, no sábado, dia 7 de outubro).
Ela disse que, no sábado passado, e após sair de uma igreja, pegou um ônibus para a feira do Ver-o-Peso. “Quando chegou na Dr. Assis, com a Tamandaré, veio um caminhão, que bateu no ônibus em que eu estava. Por sorte, ninguém ficou ferido. A lateral do ônibus bateu e a frente do caminhão ficou toda estragada”, contou. “Então Deus deu um grande livramento. Nossa Senhora é minha protetora”, afirmou.
Dona Maria José disse que aproveita esse momento em que está perto da graça para pedir pela saúde de sua família e para agradecer pelas graças alcançadas. “Eu venho para ver agora, porque, depois, não vai ter como ver, porque vai ter muita gente. Estar aqui é uma coisa maravilhosa”, contou. “Nossa Senhora é a nossa mãe, a nossa padroeira. Ela vive em nossos corações, nas nossas casas e na nossa mente todo o tempo”, disse.
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Walda Sousa, 46 anos, é paraense de Juruti, mas mora no Rio de Janeiro há 16 anos. E, passeando em Belém, foi ver a corda que será usada no Círio. “Sou de uma família totalmente evangélica. Mas, quando chego perto da santa, é uma sensação que não tem como explicar”, disse.
Ela afirmou que faz parte de uma comunidade paraense no Rio de Janeiro que realiza o Círio também no dia 8 de outubro, na Tijuca. “É uma emoção fora de série. Para nós, paraenses, a santa significa muita coisa. E para mim, especificamente, significa muito”, contou.
Walda é técnica de enfermagem e lembrou do período da pandemia, quando trabalhou na linha de frente no enfrentamento ao novo coronavírus. “Eu não peguei esse vírus”, disse. Ela contou que, no ano passado, teve um problema de saúde e ficou boa. "Eu pedi muito a nossa senhora de Nazaré pela minha saúde. E não poderia deixar de vir a Belém e não vir agradecer. Depois vou à Basília e fazer as minhas orações ", contou.
A corda poderá ser vista no Armazém 1, de segunda a quinta-feira das 10 às 23 horas, sextas e sábados das 10h à meia-noite e aos domingos das 10h às 23h, até a madrugada do dia 8 de outubro, quando quando sairá para a procissão. A peça chegou ao local neste sábado (23), às 17h. O Ministério de Música da Guarda de Nossa Senhora de Nazaré estará no local para receber a visita dos fiéis neste sábado (23), com canções de adoração.