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Sem romaria fluvial, famílias têm sábado marcado pela saudade

Procissão pelas águas foi cancelada por conta da pandemia do coronavírus

Fabyo Cruz, especial para O Liberal

Um dia antes da procissão do Círio de Nazaré, tradicionalmente, uma outra romaria, a terceira da quadra nazarena, é celebrada pelas famílias catolicas paraenses: o Círio Fluvial. Neste ano, por causa da pandemia do coronavírus, que impossibilitou as celebrações da época, para muitos devotos, o dia ficou marcado por saudade neste sábado.

A família Uchoa veio de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, para passar o final de semana do Círio com os parentes que residem na capital. Um dos pontos da visita foi a escadinhas ao lado da Estação das Docas, em Belém, onde costumam ver a chegada da Imagem Peregrina na Baia do Guajará. Para eles, foi impossível deixar de sentir saudades de uma das romarias mais regionais do Brasil.

“Hoje o sentimento é de saudade, porque há quatro anos acompanhamos o Círio Fluvial e, ano passado não viemos, devido à covid, esse ano decidimos vir pra cá. Gostariamos que fosse um momento diferente, mas precisamos acreditar que dias melhores virão, quem sabe, em 2022, possamos acompanhar a romaria fluvial em Belém”, disse Eliane Uchoa da Silva.

Conversando entre si e com olhares à baia, Francisco Duarte diz que as imagens da multidão assistindo a procissão e a beleza do evento vieram à sua mente como boas lembranças. “Só de estar olhando a beira do cais, sentimos muitas saudades, a falta da imagem passando por aqui, junto aquele povo, deixa uma saudade muito grande, mas ano que vem, acredito que estaremos juntos de novo”, afirmou.