MENU

BUSCA

Fé e gratidão fazem devotos registrarem empresas com nome de Nossa Senhora de Nazaré

Muitos estabelecimentos levam o nome da Virgem, na maioria das vezes em agradecimento a uma graça alcançada

O Liberal

Todos os anos, quando chega o Círio de Nazaré, demonstrações de fé tomam as ruas de Belém. Mas a relação do paraense com a devoção em nossa senhora vai muito além do evento religioso. As expressões de gratidão à virgem de Nazaré estão presente na vida e no dia a dia de inúmeros devotos da santa, que estendem as homenagens para além do segundo domingo de outubro e demonstram o amor pela padroeira dos paraenses inclusive na área profissional. 

É o caso Edenilson de Souza Santos, de 51 anos, que tem um comércio no município de Igarapé-Açu, nordeste do Estado, com o nome de Nossa Senhora de Nazaré. Ele conta que esta foi uma das formas de agradecer pela cura de sua irmã, que segundo ele, vivia doente. “Eu sou muito devoto à Virgem de Nazaré. Tenho a imagem dela no meu comércio e na minha casa. Na época que abri o comercio, eu fiz uma promessa. Minha irmã vivia doente, daí no Círio eu fui pra Belém para pedir a Nossa Senhora pra que ela ficasse boa e que, como forma de agradecimento à graça, eu colocaria o nome dela no meu comércio. E assim eu fiz” relata Edenilson.

Assim como diversos devotos de Nossa Senhora de Nazaré saem do interior do estado em direção à capital para participar das romarias do Círio, o empresário conta que durante 16 anos, costumava caminhar de Igarapé-Açu até Belém, cerca de 125 km de distância, para homenagear a santa. “Eu sempre vinha a pé pra Belém no Círio. Fiz esse percurso durante 16 ano por amor e fé a Nossa Senhora de Nazaré. Ela é tudo na minha vida”.

Outro empreendedor devoto da Virgem de Nazaré, que também registou seu empreendimento com o nome da Santa foi Dilson André Quaresma da Silva. O empresário de 52 anos é dono de uma loja de materiais para construções em Belém. Ele conta que é natural Vila Maiuatá, interior de Igarapé-Miri, e que a escolha do nome para o empreendimento se deve ao fato de ter conseguido alcançar a graça de fechar a compra da loja, logo após ter se mudado para capital.

“Eu resolvi colocar o nome dela porque, há 20 anos, antes de me mudar para Belém, eu já estava negociando a compra da loja aqui na capital, pedi a ajuda dela pra que eu conseguisse fechar o negócio e fui atendido. Eu lembro que mudei para Belém, bem na época do Círio e logo em seguida, eu consegui abrir a loja. Além disso, além de ser muito devoto dela, ela também é padroeira de Vila Maiuatá e do nosso Estado. E por tudo isso e como forma de gratidão, eu resolvi registrar o meu negócio com nome dala”, conta o empresário.  

 

Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Economia.