Diretor do Círio 2025 destaca mensagem de fé e cuidado com a criação no novo manto de Nossa Senhora
A noite desta quinta-feira (9) foi marcada pela cerimônia que apresentou o manto do Círio 2025, logo após a missa das 18h na Basílica Santuário de Nazaré, em Belém
Para o diretor do Círio 2025, Antônio Sousa, o novo manto da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é mais do que uma obra de arte sacra. É uma mensagem viva de esperança, fé e amor pela criação divina. “A emoção é muito forte, o grito do povo chamando por Nossa Senhora. Tenho certeza que esse manto vai levar muita mensagem e esperança quando Nossa Senhora estiver peregrinando. Tem muita mensagem boa, falando do Criador, da criatura, da água, do céu, do mar. Um tema que é tão discutido, como o meio ambiente, não podemos esquecer que o Criador é Ele. Ele que deu tudo para a gente. Nós temos que ter o olhar de Maria para as coisas do mundo, cuidar como uma mãe da nossa natureza, do próximo, da nossa casa comum”, afirmou emocionado.
A noite desta quinta-feira (9) foi marcada pela cerimônia que apresentou o manto do Círio 2025, logo após a missa das 18h na Basílica Santuário de Nazaré, em Belém. A celebração foi presidida por Dom Júlio Endi Akamine, arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Belém, e reuniu centenas de fiéis para acompanhar um dos momentos mais simbólicos da quadra nazarena: o revestimento da Imagem Peregrina com o novo manto.
Inspirado no tema “Maria, Mãe e Rainha de toda a criação”, o manto traduz a presença de Maria como guardiã da vida e mediadora entre Deus e a humanidade. A concepção artística é assinada pela estilista Letícia Nassar, com bordado de Daniella Guerra, Fernando Machado e Luiz Paulo Ferreira, costura de Rita Tomé e apoio de Sheyla Craveiro.
A obra foi idealizada para ser uma catequese visual, refletindo a relação entre fé, natureza e redenção. No centro do manto está a Árvore da Vida, símbolo que remete a um dos mosaicos da Basílica Santuário. Ela representa, simultaneamente, o início da criação perfeita de Deus e a Cruz de Cristo como instrumento de salvação. Nela, Adão e Eva aparecem redimidos, prostrados em adoração diante de Jesus.
A peça também traz elementos da criação divina — o dia e a noite, as estrelas, as águas e as rosas, que brotam das águas como sinal da promessa de que uma mulher esmagaria a cabeça da serpente. Essa mulher é Maria, a Mãe que traz o Salvador e que, com suas virtudes, guia a humanidade de volta ao caminho do Céu.
Essa simbologia dialoga diretamente com a fala de Antônio Sousa, que reforça o caráter ecológico e espiritual do Círio 2025. “Nós temos que ter o olhar de Maria para as coisas do mundo”, disse o diretor, ao destacar o papel da fé como inspiração para o cuidado com a “casa comum”, expressão frequentemente associada à mensagem do Papa Francisco sobre o meio ambiente.
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