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Círio 2025: grandiosidade e melhorias em segurança são destaques da edição, avalia diretor

Antônio Sousa, diretor coordenador do Círio 2025, ressaltou o aumento do público e a importância das obras nos trajetos para o bom andamento das procissões

Gabriel da Mota e Bruno Roberto (especial para O Liberal)

O Círio de Nazaré de 2025 está sendo marcado pela "grandiosidade" de devotos em todas as procissões realizadas até o momento, segundo a avaliação de Antônio Sousa, diretor coordenador da festividade. Ao Grupo Liberal, Sousa destacou que as sete romarias já realizadas até aqui superaram as anteriores em "grandiosidade de todas as formas, especialmente de devotos". O diretor ressaltou ainda que as emoções são diferentes a cada ano, mas que houve melhorias na edição de 2025, principalmente devido às obras que costumam ocorrer em alguns trajetos. Ele também comentou sobre o fato de a corda não ter chegado inteira até o final das duas maiores romarias, prometendo melhorias para o cumprimento do ritual nos próximos anos.  

A realização de obras facilitou bastante o andamento da romaria e a segurança, sobretudo no Traslado para Ananindeua e Marituba, realizado na última sexta-feira (10). "O Círio é diferente todos os anos, as emoções vividas são diferentes. Este ano facilitou muito as obras em alguns trajetos, principalmente no Traslado para Ananindeua e Marituba, o que facilitou o andamento da romaria e a segurança", comentou Antônio Sousa.

Corda cortada e perspectivas para 2026

Questionado sobre a corda ter sido cortada ou partida de forma precoce, tanto na Trasladação (11), quanto na grande romaria de domingo (12) — fato que tem repercutido negativamente entre os devotos —, o diretor coordenador afirmou que este é um ponto que precisa ser melhorado e será avaliado no balanço final do Círio.

"Vamos avaliar este ponto também. E essa é uma questão que precisamos melhorar", ponderou.

Nas duas romarias, foram registradas imagens de promesseiros repartindo entre si fragmentos da corda ao longo do percurso; prática cada vez mais comum nos últimos anos.

Ele fez um comparativo com a instituição das estações da corda, que demorou 4 (quatro) anos para alcançar o formato atual. "A corda ocorre a mesma coisa, vamos melhorá-la para o ano que vem, até estar perfeita para as duas procissões", ponderou. A tendência para 2026, segundo o diretor, é o público aumentar ainda mais, o que exigirá melhorias a serem definidas após o balanço final da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN).

Pelo terceiro ano consecutivo, a produção da corda do Círio foi feita no Pará. A Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), empresa responsável pela confecção do artefato, informou que os 800 metros de comprimento (divididos em duas partes, para as duas procissões) foram confeccionados com 60 milímetros de diâmetro, já adaptados às estações de metal, e que os métodos de produção seguem os mesmos, após testes de resistência terem apresentado resultados bem-sucedidos.

Os números oficiais do Círio 2025 serão divulgados pela DFN em uma coletiva de imprensa somente após a última romaria nazarena, o Recírio, que ocorrerá no dia 27 de outubro. Ainda no último domingo (12), os órgãos de segurança do governo do Pará divulgaram que cerca de 2,6 milhões de pessoas acompanharam o Círio pelas ruas da capital paraense.