MENU

BUSCA

Círio 2025: Bancos homenageiam Nossa Senhora de Nazaré ao longo da avenida Presidente Vargas

Chuva de fitas, flores e papel já é uma tradição do Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Banpará durante a noite da Transladação e na manhã do Círio

Gabi Gutierrez e Luiz Guillherme Ramos

Os principais bancos instalados no centro de Belém — Basa, Banpará e Banco do Brasil — mantiveram a tradição de prestar homenagens à imagem de Nossa Senhora de Nazaré, reforçando o clima de fé que toma conta da capital paraense durante o Círio. As fachadas das instituições foram especialmente decoradas e iluminadas, atraindo fiéis e visitantes que fazem paradas diante dos painéis e altares montados, em um gesto simbólico que há décadas contribui para a beleza e a emoção da festa.

Acompanhe o Círio 2025 ao vivo e veja todos os detalhes na cobertura especial de O Liberal.

Tradicionalmente, as homenagens dos bancos estão entre as mais aguardadas do trajeto da procissão e costumam emocionar o público que acompanha a passagem da imagem pela avenida Presidente Vargas. Cânticos, orações e a clássica chuva de papel picado criam um cenário de fé e celebração que já faz parte da identidade visual do Círio.


Um dos momentos mais marcantes da procissão deste ano foi registrado em frente à sede do Banco da Amazônia (Basa), que inovou com a instalação de um telão de LED transmitindo mensagens e homenagens à padroeira. A novidade atraiu olhares emocionados de quem aguardava a passagem da santa no local, somando-se à decoração tradicional do prédio e à arquibancada montada para receber convidados e colaboradores.

Segundo o presidente do Basa, Luiz Lessa, o envolvimento da instituição com o Círio vai muito além do dia da procissão. “O Círio já faz parte do calendário do Banco. Não é apenas o evento de hoje. Tudo começa semanas antes, com as gincanas de arrecadação de donativos entre empregados e clientes, e o tradicional jantar do Círio, que há 18 anos arrecada doações para a Casa de Plácido. Além disso, todos os anos oferecemos uma arquibancada para mil pessoas, porque acreditamos que, entre as nossas missões, a cultura também faz parte do desenvolvimento”, afirmou.

Lessa destacou ainda o papel do Basa no fomento à cultura e na valorização das manifestações regionais. “O Círio, além de uma festa religiosa que transcende a religião católica, é um patrimônio cultural. Recebemos mais de duas mil pessoas nos dois dias de celebração e já pensamos no próximo. O Círio é cultura, é religião e é a festa do povo paraense, da qual temos orgulho em participar.”

O presidente também aproveitou o momento para anunciar a inauguração do novo Centro Cultural do Basa, com 4 mil metros quadrados e padrão internacional. “Iniciamos com a exposição sobre Nelson Mandela, que nunca havia vindo ao Norte do Brasil. Durante o mês, teremos outra mostra, que possivelmente contará com a presença do presidente da França, e em dezembro abriremos a terceira galeria com obras de Tomie Ohtake. Também lançamos um edital de R$ 5 milhões para produtores culturais apresentarem projetos e utilizarem o espaço gratuitamente”, explicou.

A homenagem do Basa foi acompanhada de perto pela multidão, mas não foi a única. A sede do Banco do Brasil também chamou atenção pela decoração detalhada e pela tradicional chuva de papel picado, que cobriu os fiéis em um dos pontos mais emocionantes da procissão. Já o Banpará, com sua fachada iluminada e ornamentada com flores e imagens da padroeira, manteve o tom de reverência e beleza que marca sua participação anual na festa.