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50 mil pessoas devem participar da Romaria Fluvial

É a terceira romaria oficial e tem o terceiro mais longo trajeto. Participação aumentou 1.500% desde 1986.

Victor Furtado

Neste sábado, a Romaria Fluvial chega à 33ª edição. É uma das procissões oficiais que mais cresceu, historicamente. Tanto em número de embarcações, quanto em número de participantes. O público estimado para este ano é de 50 mil pessoas. Deve haver de 400 a 500 embarcações. Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Estado do Pará (Dieese-PA) aponta que os ingressos variam de R$ 200 a R$ 400. Mas podem ser mais caros, dependendo do luxo do veículo e viagem.

A Romaria Fluvial (ou Círio Fluvial) é a terceira procissão e tem o terceiro maior trajeto entre as 12 romarias oficiais da Quadra Nazarena. O percurso é de é de 18 quilômetros (10 milhas náuticas), pela baía do Guajará. Começa no trapiche de Icoaraci, onde a imagem da Virgem de Nazaré é embarcada, após a Romaria Rodoviária, na manhã de sábado. Segue até a praça Pedro Teixeira, carinhosamente conhecida como "Escadinha" da Estação das Docas.  A imagem é recebida com honrarias de chefe de estado, desde 1999, quando a santa foi reconhecida como Padroeira do Estado do Pará.

Em 2018, 450 embarcações participaram da Romaria Fluvial. Esse quantitativo não deve ser muito diferente neste ano. A chegada é aguardada por muitas pessoas. Quem chega cedo, pode ver a imagem de perto e fora da Berlinda. Há uma rápida bênção no local. Tudo muito diferente de 33 anos atrás.

A primeira Romaria Fluvial foi em 1986. Foi criada pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur). A ideia era aproximar o Círio das populações ribeirinhas da baía do Guajará. Na estreia, 30 embarcações participaram. Em 1987, aponta o Dieese, havia de 130 a 150 embarcações participantes. A partir daí, a Marinha do Brasil precisou ordenar o andamento do evento.

Com as estimativas de embarcações para este ano, a Romaria Fluvial terá crescido 1.500%. No mínimo, o número de embarcações participantes deve ser o mesmo do ano passado. Essa é uma das procissões que tem impacto significativo na economia paraense. É uma das que mais atrai turistas. Vendo esse potencial, as primeiras viagens pagas para essa procissão foram em 1990. Inicialmente, registra o Dieese, as cobranças eram simbólicas. 

Parte considerável das embarcações, que cobram ingressos para a Romaria Fluvial, trabalham em parceria com as agências de turismo locais. Os ingressos mais em conta costumam oferecer kits, como camisas, bonés e outros brindes com a imagem da santa. No mínimo, há alguma programação religiosas. E os serviços escalam de forma diretamente proporcional aos preços. Aí os romeiros começam a ter acesso a café da manhã, almoço, trajetos mais panorâmicos, atrações culturais e viagens mais longas.

Círio