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Equoterapia em Castanhal transforma vidas e busca apoio para ampliar atendimentos

Projeto com mais de duas décadas tem apenas cinco cavalos para atender 72 pessoas entre 3 e 37 anos e há mais de 100 na fila de espera

Patrícia Baía

A equoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, emocionais, cognitivos e sociais. Indicada para pessoas com deficiências como Síndrome de Down, paralisia cerebral, esclerose múltipla e autismo, a prática é desenvolvida em Castanhal há 26 anos, por meio de um projeto da Associação dos Pais dos Projetos Sociais Criança Modelo e Equoterapia (APPS), em parceria com o Sindicato Rural do município.

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Atualmente, 72 pessoas, com idades entre 3 e 37 anos, são atendidas pelo projeto. No entanto, mais de 100 ainda aguardam na fila de espera por uma vaga. O número limitado de cavalos é um dos principais obstáculos para a ampliação do serviço. Hoje, a entidade conta com apenas seis animais, sendo que um deles, o Faísca, é utilizado exclusivamente no acolhimento inicial dos praticantes.

A coordenadora da APPS, a assistente social Regina Brito, destaca a necessidade urgente de mais cavalos para atender à crescente demanda.

“Temos apenas cinco equinos em atividade e, embora estejam em boas condições de saúde segundo nossa equipe veterinária, é fundamental termos ao menos mais dois animais. Isso nos permite manter a rotina mesmo que algum cavalo precise se afastar por problemas como gripe, dor no casco ou qualquer outro desconforto”, explica.

Os cavalos utilizados nas sessões são obtidos por meio de doações. Segundo Regina, a associação realiza campanhas e ações de sensibilização junto a empresários da região para conseguir novos parceiros.

“Primeiramente conversamos com os responsáveis pelos praticantes e, em seguida, utilizamos redes sociais e grupos de mensagens para divulgar a necessidade. Quando um cavalo é doado, ele passa por avaliação clínica feita por uma equipe composta por veterinário, equitador e tratador. Se aprovado, o animal realiza exames complementares. Após a documentação e os cuidados iniciais, ele é integrado ao projeto com pequenas adaptações”, detalha.

O bem-estar dos cavalos também é prioridade. Eles recebem cuidados diários, como banhos, alimentação adequada (ração e capim), medicamentos quando necessário, ferrageamento regular e treinamento com uso de materiais lúdicos.

“Eles ficam alojados em baias no estacionamento do Parque de Exposições, mas o espaço precisa de reformas. Por mês, os seis cavalos consomem cerca de 12 sacas de ração de 40 quilos”, completa Regina.

Apesar das dificuldades, o projeto segue transformando vidas e levando esperança a dezenas de famílias. Mas, para continuar crescendo, precisa de apoio da comunidade e de novas doações.

 

 

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