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Caso Eloá: relembre fatos marcantes do caso que será tema da volta do Linha Direta

O primeiro programa, que vai ao ar nesta quinta-feira (4), vai relembrar um dos sequestros mais longos da história do país

Hannah Franco

Nesta quinta-feira (4) estreia a nova versão do Linha Direta, agora comandado por Pedro Bial. O primeiro programa vai mostrar o caso Eloá, um dos sequestros que mais chocou o Brasil. 

O ano era 2008, quando a jovem Eloá de 15 anos foi sequestrada e assassinada pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, após ser mantida em cárcere privado por mais de 100 horas. Na época, o caso ganhou grande repercussão e gerou debates sobre feminicídio e a cobertura da imprensa. Relembre a história e as reviravoltas do caso Eloá.

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No dia 13 de outubro de 2008, Eloá Cristina Pereira Pimentel, de 15 anos, estava em seu apartamento, fazendo um trabalho da escola, na companhia de três amigos - Nayara Rodrigues da Silva, Iago Vilera e Victor Campos. Na ocasião, os quatro foram surpreendidos quando o ex-namorado de Eloá, Lindemberg Alves Fernandes, invadiu a residência da adolescente inconformado pelo término do relacionamento.

Lindemberg rende os adolescentes e, sob ameaças e agressões, libera os dois garotos na mesma noite. Nayara, por outro lado, permanece em cárcere privado ao lado de Eloá até o dia seguinte, quando foi finalmente liberada. No entanto, a melhor amiga volta ao cativeiro para tentar ajudar nas negociações.

O sequestro durou cerca de cem horas, um dos mais longos da história do país, enquanto tudo era televisionado. No início da noite do dia 17 de outubro o país acompanhou o que seria o começo de um final trágico para as duas jovens. Após inúmeras tentativas de negociações, a polícia decidiu invadir o local. 

Durante a ação policial, Lindemberg dispara contra as meninas. Nayara foi atingida no rosto, mas apesar do ferimento ela sobreviveu. Já Eloá morreu com um tiro na cabeça e outro na virilha.

Controvérsia sobre a polícia

De acordo com as autoridades, foi possível ouvir um disparo vindo do apartamento e, por conta disso, a polícia resolveu agir e explodir a porta da residência. Porém, segundo civis que estavam no local, Lindemberg só atirou após a invasão policial, fazendo com que a decisão da polícia dividisse opiniões.

Em uma entrevista após o ocorrido, Nayara relatou que o sequestrador não havia disparado antes da invasão. De acordo com ela, o disparo ouvido teria sido dos próprios policiais. A declaração polêmica da vítima levantou ainda mais questionamentos sobre a atuação das autoridades no caso.

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No dia 16 de fevereiro de 2012, cerca de 4 anos após o crime, Lindemberg Alves foi condenado a cumprir 98 anos e 10 meses de prisão pelos 12 crimes que foi julgado, incluindo cárcere privado, lesão corporal, tentativa de homicídio e homicídio qualificado

Em 2021, a Justiça concedeu ao réu o cumprimento da pena em regime semiaberto, que foi revogado pelo MP após ser identificado traços antissociais.

(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

O Liberal