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'Xerife' de Ricardo Salles pediu perdão a madeireiro e ameaçou matar servidores

MPF diz que ex-chefe do Ibama no Pará falou em “dar tiro” e “matar” servidores durante reunião

O Liberal

A Operação Akuanduba reuniu trocas de mensagens e depoimentos no inquérito que investiga madeireiros por uma série de crimes ambientais. Nas mensagens, os madeireiros ironizam a apontada subserviência do então superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pará, Walter Mendes, no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Ao mesmo tempo que Walter Mendes era ridicularizado pelos empresários, Mendes se valia da “intimidação e truculência” com os próprios fiscais ambientais do órgão, como forma de evitar ser delatado, segundo as investigações.

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Coronel aposentado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar (PM) de São Paulo, Mendes foi colocado no cargo para atuar como uma espécie de xerife local do então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Os dois agora são réus, acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de pertencimento à organização criminosa e crime ambiental.

A Polícia Federal (PF) obteve conversas de 20 de janeiro de 2020, quando três contêineres de ipês e jatobás amazônicos estavam retidos nos Estados Unidos por falta de documentação. Na ocasião, Roberto Pupo, então presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex), se movimentava nos bastidores para liberar a carga, em estratégia que envolveria inclusive aliciar agentes de fiscalização, diz o inquérito.

No dia 28 de agosto, Salles, que hoje é deputado federal por São Paulo, virou réu acusado de crime ambiental, advocacia administrativa, contrabando e pertencimento à organização criminosa Reprodução

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