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Vídeo mostra anestesista desligando alarme de monitoramento de grávida durante estupro

Defesa do acusado alega que a captação do vídeo é ilegal porque foi produzida sem consentimento

Emilly Melo
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O julgamento de Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista gravado estuprando uma mãe em uma sala de parto, está marcado para o dia 12 deste mês, exatamente cinco meses após a prisão em flagrante no Hospital da Mulher, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Com informações do G1.

Giovanni aguarda julgamento em uma cela individual no pavilhão 8 de Bangu, destinada a detentos com curso superior. 

Segundo os trechos ao qual o Fantástico teve acesso, o anestesista colocou em risco a vida da paciente para ter a oportunidade de abusar dela. As imagens, registradas por um celular colocado estrategicamente escondido em um armário, foram usadas como prova para a prisão em flagrante do acusado.

A defesa de Giovanni alega que a captação das cenas foi ilegal, porque foi produzida sem consentimento dos envolvidos e sem autorização da Polícia ou Ministério Público. O argumento não foi aceito, sob a justificativa de que crimes dessa natureza quase sempre são cometidos às escondidas, tendo, geralmente, como única prova a palavra da vítima, que, naquele caso, estava desacordada, sem possibilidade de reação ou prestar depoimento sobre o ocorrido. 

E reforçou que a captação foi feita por profissionais de saúde, que, naquela circunstância, tinham o dever de proteger a gestante.De acordo com o inquérito, Giovanni fez sete aplicações de sedativos na vítima. Os peritos dizem que a quantidade de anestésicos extrapolou o que é habitualmente utilizado em uma cesariana.

Na sequência do vídeo, alarmes sonoros começam a disparar. De acordo com a perícia, os alarmes são do monitor multiparâmetro, que podem corresponder à queda de saturação de oxigênio da paciente, porque, além da sedação e da falta de máscara de oxigênio, Giovanni ainda obstruiu as vias aéreas da vítima . O barulho do alarme chama a atenção dos médicos que estão ali do lado.

O anestesista desativa o sinal sonoro, enquanto continua o estupro. O abuso dura aproximadamente dez minutos.

A Defensoria Pública não quis se pronunciar sobre o julgamento, mas, segundo informações conseguidas pelo Fantástico, a defesa pediu à Justiça que Giovanni aguardasse o julgamento em liberdade, alegando que ele é réu primário, tem endereço fixo e não oferece risco à ordem pública.

A Justiça negou e afirmou que a liberdade de Giovanni oferece sim risco não só à ordem pública, à vítima e às testemunhas. A defesa ainda pediu um teste de sanidade argumentando que o médico tem histórico de quadro de transtorno psicológico na família e estava usando medicamentos que aumentam a libido, o desejo sexual.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

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