MENU

BUSCA

Thiago Brennand: empresário acusado de agredir modelo em academia é preso pela Interpol em Dubai

Empresário saiu do país em setembro, após virar réu por agressão em academia

Luciana Carvalho

empresário e herdeiro Thiago Brennand Tavares da Silva Fernandes Vieira, que estava foragido desde setembro, foi preso pela Interpol nesta quinta-feira (13), em Dubai. Ele virou réu por agressão após aparecer em um vídeo batendo na modelo Helena Gomes em uma academia de São Paulo. A Justiça havia decretado a prisão dele por ele não ter entregado o passaporte até 23 de setembro. As informações são do G1 São Paulo.


A informação da prisão, que ocorreu nos Emirados Árabes, às 14h (21h no horário de Brasília), foi confirmada nesta sexta (14) pela Polícia Federal e pela delegada Ivalda Oliveira Aleixo, da Divisão de Capturas do Departamento de Operação Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil de São Paulo.

De acordo com a delegada, a Polícia Federal (PF) cuidará da vinda do empresário ao Brasil. "Ainda estamos falando com a PF para saber como será esse trâmite, já que o procurado foi detido em outro país", falou Ivalda.

VEJA MAIS

Empresário é acusado de agredir mulheres em academia de luxo de SP
Nas redes sociais, o homem gosta de se exibir com armas e carros esportivos e tem um histórico de mau comportamento

Empresário que agrediu modelo em academia tem até 10 dias para retornar ao Brasil
Thiago Brennand foi denunciado por várias mulheres por agressão e corrupção de menores. O empresário conseguiu fugir para Dubai e é procurado da Justiça

Thiago Brennand, empresário que agrediu modelo em academia, tem prisão decretada
Justiça decretou a prisão do empresário após a recusa da entrega do passaporte às autoridades na última sexta-feira (23)

Relembre o caso

O caso de agressão, com as imagens de dentro da academia, foi divulgado em setembro pelo Fantástico. Depois disso, novas denúncias com relatos de estupro, cárcere privado, agressões e ameaças a outras mulheres vieram à tona. Ele também enviou e-mails com intimidações para uma promotora e obrigou mulheres a tatuarem as iniciais do nome dele, "TFV". 

O empresário de 42 anos era considerado foragido da Justiça desde que sua prisão preventiva foi decretada, em 23 de setembro, a pedido do Ministério Público (MP). Foi determinado que a Polícia Federal (PF) incluísse o nome e foto dele na lista de procurados da Interpol, a Difusão Vermelha da polícia internacional.

Brennand virou réu por lesão corporal contra uma mulher e corrupção de menor de idade. No pedido liminar negado nesta semana pela Justiça, a defesa alegou ele está sendo "caçado como troféu ao combate à violência contra mulher".

No dia 03 de setembro, Thiago embarcou no avião antes de a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público e torná-lo réu pelos crimes no caso que envolve uma aluna da Bodytech. A Promotoria também o acusa de incentivar o filho dele, menor de 18 anos, a ofender a mulher, de 37 anos. A defesa do empresário nega as acusações. Em entrevista ao Fantástico, o empresário chegou a alegar que fez "uso comedido da força" quando puxou os cabelos da aluna.

 

Em entrevista ao G1 e à TV Globo, o delegado-geral de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, confirmou a informação de que Brennand é procurado também pela PF. A Justiça também proibiu o empresário de frequentar academias e de se aproximar de testemunhas. Ele ainda não foi interrogado.

Mais vítimas

Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência (NAVV) do Ministério Público começou a ouvir as 11 novas vítimas que acusam Brennand de crimes. Entre elas estão nove mulheres que disseram ter sido estupradas pelo empresário. Sendo que três falaram que ele as obrigou a tatuarem as iniciais dele em seus corpos.

Os casos acima teriam ocorrido entre 2021 e este ano em Porto Feliz, no interior paulista, onde o empresário tem residência num condomínio de alto padrão. Entre as vítimas, estão mulheres que o conheceram pelas redes sociais ou pessoalmente e tiveram algum contato ou relacionamento com ele. 

Além das mulheres, ao menos dois homens acusam o empresário de agressões. Um foi um enfermeiro de um hospital na capital; outro um garçom de um hotel em Porto Feliz.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

Brasil