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Técnico em enfermagem desviava sangue de hospital para contaminar cachorros

Homem não gostava de cães e se incomodava com os animais da vizinha, alegando que faziam barulho excessivo

Luciana Carvalho

Um técnico em enfermagem, de 34 anos, foi indiciado pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (12), após dois anos perseguindo sua vizinha. Além de pedras e até sacos com fezes, o homem desviava sangue da Santa Casa, onde trabalhava, e jogava na casa da mulher para contaminar os cachorros. As informações são do portal Campo Grande News.

De acordo com as investigações, o desentendimento entre os vizinhos começou em agosto de 2020, logo que o suspeito se mudou para o local, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O homem, supostamente, não gostava de cães e se incomodava com os três animais da vítima, alegando que faziam barulho excessivo.

Inicialmente, o técnico em enfermagem chutava a porta da garagem da vizinha tentando inibir os animais, mas com o passar dos dias as ações foram ficando mais graves. O homem começou a arremessar ampolas com sangue coletado de pacientes do hospital contra os muros e dentro da garagem da vizinha, no que parecia ser uma tentativa de contaminar os animais ou envenená-los.

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O técnico também arremessava garrafas, pedras e até sacos com fezes no telhado da vítima, chegando a quebrar mais de 13 telhas nos dois anos de perseguição. No início do ano, ele acabou desligado da Santa Casa e começou a coletar sangue em laboratórios particulares onde trabalhava.

Com a perseguição aumentando, a vítima instalou câmeras de segurança na frente de sua casa e no telhado, conseguindo flagrar o suspeito. Os arremessos, segundo a Polícia Civil, eram praticamente diários e o último ocorreu no início do mês de agosto.

Após o registro de boletim de ocorrência, a perícia foi até a casa do técnico de enfermagem e coletou o material, constatando que se tratava de sangue humano. Ele foi indiciado por infração de medida sanitária preventiva majorada, peculato, maus-tratos de animais, dano qualificado por motivo egoístico, perseguição majorada e violência psicológica contra a mulher. As penas máximas dos crimes podem atingir mais de 24 anos de prisão.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política)

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