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Técnica de enfermagem ordena quadrilha a retirar coração de suspeito de roubo

A vítima foi torturada, executada, esquartejada e teve seu coração arrancado. As partes da vítima foram postas em sacos plásticos e desovadas em uma praia

Com informações do portal Diário do Nordeste

A técnica de enfermagem Regina Cláudia Bandeira de Araújo, de 27 anos, também conhecida por "Claudinha", acusada de mandar esquartejar e arrancar o coração de um suspeito de roubo em Fortaleza, Ceará, teve seu pedido de liberdade negado pela Justiça na última terça-feira, dia 2.

Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), Cláudia é líder de uma facção criminosa na Favela dos Coqueirinhos, zona oeste de Fortaleza, e, motivada pelas leis de sua facção, ordenou o assassinato brutal de um suspeito de roubo.

As investigações apontam que a vítima, que até hoje não foi identificada, tentou roubar uma bicicleta em frente a uma lanchonete na favela. Perseguido, o suspeito foi capturado por Eric Luid Cavalcante, Francisco Erandi da Silva Pereira Filho, Mateus Portela de Sousa e José Edimilson Pereira Filho, todos integrantes da facção comandada por Cláudia. Durante muito tempo, o suspeito foi torturado no meio da rua pelos quatro criminosos e então, após intervenção do proprietário da lanchonete, foi solto. Porém, mais tarde, foi abordado novamente pelo grupo, que o capturou mais uma vez e o levou para uma casa, onde teve a cabeça, as orelhas e oito partes do corpo arrancados.

Durante a ação criminosa, um dos acusados que ficou responsável por arrancar o coração da vítima teve uma crise nervosa e começou a gritar pelo nome de "Claudinha". Para controlá-lo, Regina Cláudia disparou com arma de fogo na direção do acusado, atingindo-o na perna.

Após mutilado, partes do cadáver foram colocadas em três sacos plásticos que, de acordo com o MPCE, foram jogados entre pedras da praia Vila do Mar pelos acusados Francisco Valdemir, Cleilson Pessoa, Tassiano Oliveira e dois adolescentes, que foram pagos com drogas para fazerem a desova. A mesa utilizada como apoio para esquartejar a vítima foi jogada no meio da rua. Um dos réus também foi visto por populares desfilando pela comunidade exibindo as orelhas da vítima.

Os acusados foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de tortura e modo cruel e com emprego de meio que dificultou a defesa da vítima) e também pelos crimes de ocultação de cadáver, organização criminosa e corrupção de menores. Regina foi presa em 26 de outubro de 2020 e, durante o processo, sua defesa alegou inocência e afirmou que a acusada não mora no bairro onde o crime ocorreu, não tem ligação com nenhuma organização criminosa e nem conhece os demais acusados. 

No pedido de liberdade negado pelo Poder Judiciário, a defesa da sustentou ilegalidades no cumprimento do mandado de prisão, que supostamente não seria mais válido quando foi executado pelas forças policiais. A defesa ressaltou ainda que a acusada é mãe de uma criança de 5 (cinco) anos, não possui parentes que possam cuidar da menor. O pai da criança, identificado como Francisco Gabriel Alcântara Correia, o 'Biel', também está preso.

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