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Sobe para 7 número de mortes por leptospirose no RS após inundação

Outras 10 mortes estão sendo investigadas

Marianna Gualter e Daniel Tozzi Mendes (Agência Estado)

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou, na quarta-feira (29.05), mais duas mortes por leptospirose no Estado. Agora, já são sete vítimas da doença que tem contaminação facilitada por enchentes que afetam cidades gaúchas desde o fim de abril. Análises do Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmaram a infecção das vítimas, dois homens, de 56 e 59 anos, que moravam em Porto Alegre e Canoas. Outros 10 óbitos seguem sob investigação e 141 casos já foram confirmados.

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A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou na lama de locais com enchentes. "O contágio ocorre através do contato da pele com a água contaminada ou por meio de mucosas", reforça a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul.

Como é a transmissão por leptospirose?

A doença é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira.

Os sintomas podem surgir de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a até 30 dias. Na ocorrência de febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios, a população é orientada a buscar atendimento no serviço de saúde.

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A doença é transmitida pela urina de animais, principalmente ratos. A infecção acontece por meio de contato prolongado com água contaminada.

Diante da notificação, a secretaria alerta para a importância de a população procurar um serviço de saúde caso observe os seguintes sintomas: Febre; Dor de cabeça; Fraqueza; Dores no corpo (em especial, na panturrilha); e Calafrios.

Além disso, diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse também podem ocorrer. Segundo a SES, o tratamento da doença é iniciado imediatamente diante da suspeita comprovada por profissionais da saúde. Casos leves recebem atendimento ambulatorial enquanto ocorrências mais graves necessitam de hospitalização imediata.

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Orientações a serem seguidas:

Nos locais que tenham sido invadidos por água da chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água.

Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados.

Mantenha a cozinha limpa e sem restos de alimentos e retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer.

Mantenha o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores. A luz solar também ajuda a matar a bactéria.

Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Se não for possível, é indicado o uso de botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).

Para o controle dos roedores, também recomenda-se a desinfecção e vedação de caixas d’água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito somente por técnicos devidamente capacitados.

 

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