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Santuário de Aparecida retoma missas com número limitado de devotos

Os devotos de Nossa Senhora Aparecida acordaram cedo para participar da primeira missa, às 6h45 da manhã

Agência Estado

Depois de 133 dias sem a presença dos fiéis em razão da pandemia do coronavírus, o Santuário Nacional de Aparecida, maior templo mariano do mundo, retomou as missas presenciais nesta terça-feira, 28, em Aparecida, interior de São Paulo. Devido às regras de distanciamento social, o público é limitado e as celebrações continuam sendo transmitidas pelos meios de comunicação da Rede Aparecida. As romarias de outubro em comemoração à padroeira seguem indefinidas.

Conforme o santuário, os devotos de Nossa Senhora Aparecida acordaram cedo para participar da primeira missa, às 6h45 da manhã.

A primeira da fila, Luciana Elache, é moradora da cidade. Os fiéis foram orientados a atender a sinalização, sentando apenas duas pessoas por banco.

O padre Luiz Cláudio, administrador ecônomo do santuário, recepcionou os devotos e comandou a celebração, ao lado do padre Eduardo Catalfo.

Ele destacou a intenção da missa aos doentes e acometidos pela covid-19. "Rezemos pelas famílias que perderam os parentes. Pelos padres, bispos e profissionais da saúde que deram suas vidas nessa pandemia."

A missa da retomada teve a participação de apenas 100 fiéis, muito abaixo da capacidade do templo, que já chegou a reunir 35 mil devotos.

Conforme o padre Catalfo, reitor do santuário, a partir de agora, quem visita a basílica deve seguir um protocolo de segurança, definido de acordo com as autoridades sanitárias e religiosas. "Nossa perspectiva é de sempre proporcionar aos fiéis o cuidado com a saúde, seguindo as normas, não só do governo estadual e da prefeitura, mas também apresentadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil."

Nesse período de retomada, o santuário fica aberto de segunda a sexta-feira, das 6 horas às 18 horas, e aos sábados e domingos, das 5 horas às 20 horas. No estacionamento só é permitido o acesso de veículos com até sete lugares, já que decreto municipal impede o ingresso, na cidade, de ônibus e veículos com capacidade maior.

A entrada dos fiéis, por ordem de chegada, acontece a partir da Esplanada João Paulo II, onde é realizada a aferição da temperatura corporal e a higienização das mãos. Só entram pessoas com máscara, que deve ser utilizada durante a celebração e o período de acolhida.

As procissões que aconteciam aos sábados e domingos continuam suspensas. Fora dos horários das quatro missas diárias - cinco nos fins de semana -, não é possível ingressar na basílica, que fica fechada para higienização. Neste período, após a saída dos fiéis das celebrações, acontece a bênção dos objetos e aspersão com água benta na tribuna Papa Bento XVI.

O local possui sinalização e poderá ser usado para missas campais. O acesso ao nicho da imagem de Nossa Senhora fica aberto ao longo do dia todo. O acesso ao subsolo ficou restrito à rampa da Torre Brasília, com controle de temperatura. O fluxo é unidirecional, assim como na Sala das Promessas.

A reabertura do santuário segue decreto publicado no dia 29 de junho pela prefeitura de Aparecida. Simultaneamente, foram reabertos hotéis e pousadas da cidade com lotação reduzida a 30% da capacidade. No dia 4 de agosto, reabrem as galerias e o centro de apoio aos romeiros.

No dia 15, tem início da abertura gradual das feiras e praça de alimentação. As celebrações de 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, quando grandes romarias acorrem ao santuário, ainda não estão definidas. Em todo o ano passado, o santuário recebeu 12,6 milhões de visitantes - o maior fluxo religioso do país.

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