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Saiba quem foi Benigna, menina brasileira que será beatificada nesta segunda-feira (24)

Após a morte, ela passou a ser venerada na região do Cariri, no Ceará, como símbolo da resistência contra feminicídio e violência sexual contra crianças e adolescentes

O Liberal

O Vaticano vai oficializar nesta segunda-feira (24) a Menina Benigna como primeira beata do Ceará e quarta mártir do Brasil. A autorização foi dada pelo Papa Francisco em 2019.  Prevista originalmente para 2020, a cerimônia de beatificação foi adiada devido à pandemia de Covid-19. Cerca de 60 mil fiéis são esperados na oficialização do processo, que irá ocorrer durante a tarde, no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, no município do Crato, interior do Ceará. As informações são do G1 Ceará.

A beatificação antecede canonização, necessária para tornar a menina uma santa para a Igreja Católica. Benigna Cardoso da Silva nasceu no dia 15 de outubro de 1928, no Sítio Oiti, em Santana do Cariri, e se tornou símbolo de católicos cearenses após recusar ter relações sexuais com outro jovem em Santana do Cariri, a 523 km de Fortaleza. Ela acabou assassinada brutalmente com golpes de facão em outubro 1928, quando tinha 13 anos, e sua história se popularizou entre devotos por todo o estado como uma mártir. A menina, então, passou a ser venerada na região do Cariri como símbolo da resistência contra feminicídio e violência sexual contra crianças e adolescentes.

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Relatos de pessoas que conviveram com ela apontam que Benigna era uma menina simples, sem vaidades, muito estudiosa e com muita fé em Deus. "Ela se relacionava bem com todos, era gentil, muito educada, não usava de palavrões e se ocupava responsavelmente com os estudos. Nela, se destacava a simplicidade e a prudência. Sua fama de santidade e martírio é justa", conta Raimundo Alves Feitosa, de 98 anos, que conviveu com a mártir e foi uma das testemunhas que deram depoimento ao Vaticano no processo de beatificação.

O processo de beatificação de Benigna começou em 2013, quando a Diocese do Crato recebeu do Vaticano o "Nihil Obstat", ou seja, o "Nada Impede" para que se pudesse dar início à busca pelo título de beata.

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