Rio de Janeiro declara estado de emergência zoossanitária devido à gripe aviária
Medida é adotada em resposta à identificação de 16 aves infectadas pelo vírus H5N1, que causa a influenza aviária
Nesta sexta-feira (18), o governo do Rio de Janeiro emitiu um decreto que estabelece um estado de emergência zoossanitária com duração de 180 dias. Essa medida foi adotada em resposta à identificação de 16 aves infectadas pelo vírus H5N1, que causa a influenza aviária de alta patogenicidade, popularmente conhecida como gripe aviária.
O decreto de número 48.644 que institui essa medida foi publicado na edição desta sexta-feira (18) do Diário Oficial do Estado, seguindo a orientação da Portaria 587 do Ministério da Agricultura e Pecuária.
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A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento enfatizou que a situação está sob controle, com o registro de 16 casos da doença em aves silvestres migratórias, distribuídas por nove municípios.
O secretário de Agricultura, Flávio Campos Ferreira, explicou que a medida possibilita uma resposta mais ágil caso surjam novos casos de gripe aviária. Além disso, visa proteger a avicultura comercial e de subsistência no território do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com Ferreira, "a medida é protetiva pois facilita o acesso a recursos e materiais para uma pronta resposta em caso de novas notificações de suspeita da doença. Com este decreto podemos agir de maneira muito mais rápida", conforme declarado em uma nota oficial.
É importante ressaltar que a doença não é transmitida através do consumo de carne de aves ou ovos. As infecções em seres humanos pelo vírus da influenza aviária ocorrem principalmente por meio do contato direto com aves infectadas, sejam elas vivas ou mortas.
Biossegurança nas granjas
Adicionalmente, o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes, destacou a relevância da biossegurança nas granjas por parte dos produtores como uma medida adicional para prevenir a propagação da doença.
O Rio de Janeiro permanecerá em estado de emergência zoossanitária durante 180 dias, enquanto o governo estadual e as autoridades competentes monitoram a situação e adotam medidas necessárias para conter qualquer disseminação adicional da gripe aviária.