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PF aponta que suspeitos de ligação com Hezbollah monitoravam judeus brasileiros

Sírio investigado por servir ao grupo terrorista no Brasil está foragido

O Liberal

A decisão judicial da 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte (BH) que manteve, na quarta-feira (6), a prisão preventiva dos suspeitos de ligação com o grupo terrorista Hezbollah, traz trechos em que os homens aparecem monitorando espaços ligados aos judeus brasileiros para possíveis ataques.

De acordo com reportagem do site Revista Oeste, a Polícia Federal iniciou as investigações após receber um memorando do FBI, o serviço de inteligência norte-americano, sobre suspeitas de conexões no Brasil com grupos terroristas Hezbollah.

Os suspeitos são identificados como Mohammad Khir Abdulmajid, sírio naturalizado brasileiro que está foragido, e Lucas Passos Lima, brasileiro que teria sido recrutado por Abdulmajid.

Abdulmajid é tido como o principal suspeito de recrutamento de brasileiros pelo grupo terrorista Hezbollah. Ele morava em Belo Horizonte, onde mantinha tabacarias no bairro centro e na Savassi.

Paradeiro dos suspeitos

As informações, até então, são de que o suspeito possa ter deixado o Brasil, ainda no mês de outubro. Já Lucas Lima está preso desde o início da operação. Além de Lima, Abdulmajid recrutou, ao menos, mais quatro brasileiros para praticar atos terroristas, segundo as investigações.

A quebra de sigilo telemático e de celulares apreendidos mostrou que Lima realizava tarefas de reconhecimento de locais para possíveis ataques à comunidade judaica no Brasil.

As análises mostraram registros de vídeos e fotos de sinagogas e de espaços religiosos em Goiás (GO) e no Distrito Federal, incluindo a Embaixada de Israel no Brasil.

"Além de pesquisar o endereço da Sinagoga Keter Torah, foi localizado um vídeo no qual um veículo trafega, à noite, pela rua onde fica o templo religioso", diz um dos trechos do documento. "Quando se aproxima do local, um dos ocupantes do veículo diz: bingo”. O motorista diz: "vou dar a volta aqui e você filma".

A PF encontrou áudios recebidos por Abdulmajid que reforçam as conclusões das investigações. “A gente vai fazer o que você quiser, assaltar bancos, explodir carro forte né, o que você quiser fazer”, diz um homem em um dos áudios.

Brasil