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PF abre investigação sobre possível genocídio contra yanomamis

O Ministro da Justiça, Flávio Dino, abre investigação para investigar sobre a omissão governamental com a população yanomami, em Roraima

Gabriel Bentes

A pedido do Ministro da Justiça, Flávio Dino, a Polícia Federal abriu nesta quarta-feira (25), uma investigação para identificar os responsáveis pelo possível crime de omissão na crise humanitária e ambiental que acomete a população yanomami, em Roraima.

Alguns dos pontos da investigação é sobre os agentes públicos estarem desatentos à expressiva calamidade com os yanomamis, e de quem financia e facilita o garimpo ilegal na região. A superintendência da PF está responsável pelas investigações no estado. As informações são da TV GloboNews.

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Em nota, a PF comunicou que irá "apurar os crimes de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros crimes conexos em Terras Indígenas Yanomami". 

Segundo o ministro, o objetivo final dessa operação é a retirada de intrusos das terras indígenas, com apoio da polícia local, das Forças Armadas e outros órgãos. Dino informou ainda que a PF está direcionada a "buscar desde as pessoas que estão em Roraima como aqueles que estavam acima na cadeia hierárquica".

“Há centenas de documentos oficiais encaminhados a ministérios e vários órgãos públicos, e essas pessoas têm que ser chamadas a explicar porque, uma vez avisadas, não agiram. Isso será explicado à PF”, informou o ministro Flávio Dino.

No último sábado (21), o presidente da República Luís Inácio Lula da Silva (PT) visitou a região para ver de perto a situação em que se encontravam os yanomamis. “É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está", contou o atual presidente.

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, no período de 2018 a 2022, 570 crianças da etnia yanomami com menos de 5 anos de idade morreram das chamadas “mortes evitáveis". As principais causas são a desnutrição, doenças como vermes, pneumonia e diarreia e os fortes impactos do garimpo ilegal.

Dino e Lula avaliam, com setores da Saúde, Desenvolvimento e Povos Indígenas, como  combater, principalmente, a fome na região e reforçar a questão da segurança.

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão da editora de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)

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