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Personal Trainer é preso em flagrante por suspeita de transmitir HIV a mulheres

As vítimas registraram boletins de ocorrência e informaram que testaram positivo após terem relações sexuais com o homem

O Liberal

Um personal trainer de 28 anos foi preso em flagrante na última quarta-feira (15), suspeito de infectar propositalmente mulheres com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Amapá. As vítimas registraram boletins de ocorrência e informaram que testaram positivo após terem relações sexuais com o homem. Ele foi detido durante o trabalho em uma academia no Centro de Macapá. Segundo a polícia, ele usava a profissão para se aproximar das vítimas.

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Nesta quinta-feira (16), um representante do Conselho Regional de Educação Física procurou a delegacia para informar que o investigado "não tem registro profissional junto ao órgão de regulamentação". A infração de exercício irregular da profissão será apurada separadamente.

A Polícia Civil informou que o homem será indiciado pelo crime de lesão corporal gravíssima. De acordo com a delegada Marina Guimarães, da Delegacia de Crimes contra a Mulher, o suspeito teria praticado sexo sem proteção com uma amiga "mesmo ciente de que seria HIV positivo". Ele vinha sendo investigado desde o mês de janeiro.

Uma das vítimas relatou à polícia que, em um exame de rotina, descobriu estar infectada, e entrou em contato com o suspeito, que prometeu fazer o exame, mas depois não respondeu mais. Quando a polícia tentou intimar o homem, os agentes foram informados que ele estaria morando em outro estado.

Uma das denunciantes teria sido infectada ainda adolescente, com 16 anos, à época da relação. Mais duas mulheres procuraram a polícia após a repercussão da denúncia. Uma delas estava morando com o homem havia seis meses. Segundo a polícia, os casos serão investigados em inquérito separado.

O homem, que não teve a identidade divulgada, segue preso preventivamente. A polícia orienta que as pessoas que desconfiem de alguma situação do passado realizem exames e procurem a delegacia.

O que diz a lei?

O crime de lesão corporal gravíssima é aplicado em diversas situações, incluindo quando uma ação resulta em enfermidade incurável. A pena pode variar de 2 a 8 anos de reclusão. Contaminar um parceiro com uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) também é crime e está previsto no Código Penal Brasileiro, no artigo 130.

O trecho da Lei diz que "expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado" pode levar a detenção, de três meses a um ano, ou multa. Mas, quando há intenção de transmitir a doença, a pena de reclusão pode variar de um a quatro anos, além de multa.

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