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Pedreiro é solto após 19 dias preso por pedir corrida em app para outra pessoa

Ele chamou um carro de aplicativo para dois homens o abordaram se dizendo perdidos e depois assaltaram o motorista

Redação Integrada com informações de O Dia

Dezenove dias após ser preso, o pedreiro Vitor Martins da Cunha, de 34 anos, foi liberado na última quinta-feira (12) do Presídio Tiago Teles, em São Gonçalo (RJ). Ele foi preso em 23 de novembro, depois de pedir um carro de aplicativo para dois homens que se diziam perdidos. Eles roubaram o motorista e o caso foi registrado na polícia. Vitor foi o único preso, acusado de participação no crime.

"A pior parte foi ter que deixar a minha família aqui fora. Só pensava dia e noite no que poderia estar faltando para eles. Foram os piores dias da minha vida", contou o pedreiro, que dividiu cela com mais dois detentos.

Vitor conta como foi o dia do crime que foi acusado: "Eram dois jovens que me pararam pedindo informações. Eles pediram para eu chamar um carro no aplicativo, com o pagamento em dinheiro. Eu tive a intenção de ajudá-los". O pedreiro conta que quando os policiais chegaram para levá-lo, ele não entendeu o motivo de estar sendo preso.

Na terça-feira (10), o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a soltura de Vitor. "Em alguns momentos, eu achei que nunca mais ia sair da prisão. Continuo tentando provar que sou inocente e, assim que acabar essa história, pretendo processar o Estado", afirmou o pedreiro. "O que eu quero é dar o melhor para minha família e conseguir um bom emprego", completou.

A família do homem recolheu imagens de câmeras de segurança para mostrar que os suspeitos chegaram sozinhos à rua em que Vitor foi abordado.
 
O especialista em Direito Penal Taiguara Soares, aponta que os indícios da acusação são insuficientes para fundamentar a prisão. "Ele não tem antecedentes criminais, tem residência fixa, renda de trabalho honesto. É mais um caso da banalização da prisão provisória", defendeu.

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