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Paralisação do Metrô e protesto de motoristas de ônibus geram transtornos a passageiros em Recife

Trabalhadores enfrentam dificuldades para se deslocar na manhã desta quinta-feira

O Liberal

A manhã desta quinta-feira (13) tem sido de muito transtorno para quem precisa de transporte público em Recife, capital de Pernambuco. As estações das linhas Centro e Sul foram fechadas durante a paralisação de 24 horas do metrô da cidade. Além disso, motoristas de ônibus realizam um protesto impedindo que veículos saíssem da garagem da Metropolitana, empresa responsável por duas das três linhas especiais de ônibus que fazem parte do esquema montado pelo Grande Recife Consórcio de Transporte para minimizar os impactos da paralisação. 

Um tumulto chegou a ocorrer no Terminal Integrado do Barro, na Zona Oeste da cidade, que conta com sete linhas de ônibus da Metropolitana. Os coletivos  não conseguiram sair da garagem por causa da manifestação dos rodoviários. A circulação de ônibus da Metropolitana nos terminais integrados da Macaxeira, na Zona Norte do Recife; e de Jaboatão, no Grande Recife, também foi afetada. 

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Uma passageira identificada apenas como Shirley contou à TV Globo que foi pega de surpresa. "Preciso chegar na empresa, mas está complicado. Estou tentando chamar um carro de aplicativo, mas tem uma multidão aqui".

O Grande Recife Consórcio de Transporte informou que a empresa Metropolitana teve sua operação impedia em função de ato do Sindicato dos Rodoviários, na manhã desta quinta-feira (13) e que agentes do consórcio participaram das tratativas para normalização, que aconteceu às 7h25. As causas do ato não foram esclarecidas.

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O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana) divulgou a seguinte nota:

"O Sindicato dos Rodoviários, articulado com o Sindicato dos Metroviários, impediu ilegalmente a saída da frota da empresa, comprometendo a operação de 52 linhas e prejudicando toda a população usuária do serviço;
A paralisação ocorreu sem qualquer pré-aviso e agride não só o direito dos usuários do transporte público como toda a legislação que regulamenta o direito de greve e de prestação de serviços essenciais;
Rodoviários participaram da assembleia realizada pelos metroviários. A articulação entre o Sindicato dos Metroviários e o Sindicato dos Rodoviários para impedimento da prestação de serviço por ônibus comprova a motivação política do movimento e o descaso com a população e a economia local;
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou o dissídio coletivo referente às paralisações ilegais promovidas pelo sindicato em 2020, considerou a greve abusiva e autorizou a compensação das horas paradas dos trabalhadores envolvidos na referida greve que foi promovida com violação à Lei 7.783/1989;
A empresa compensou a quantidade de horas não trabalhadas apenas dos empregados que promoveram a suspensão dos serviços na greve considerada abusiva pela Corte Superior do Trabalho, o que demonstra que a ação do sindicato em impedir a saída da frota da Metropolitana é a repetição de mais uma ilegalidade e de evidente abuso de direito;
Apenas 39 dos 550 motoristas precisaram compensar horas não trabalhadas;
Tomará as medidas cabíveis para evitar que eventos como este, que também descumprem a Lei 7.783/1989, continuem provocando transtornos aos nossos clientes".

Metrô

A paralisação do Metrô do Recife foi decretada pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) e começou às 22h da quarta (12). De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), ao todo,180 mil passageiros usam diariamente o serviço. 

O motivo da paralisação foi a possibilidade de privatização da CBTU, que foi mantida pelo governo federal no Programa Nacional de Desestatização (PND) e entraves na homologação do acordo coletivo com a categoria em torno do piso e de reajuste salariais.

Brasil