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Morre Boris Fausto, historiador e cientista político, aos 92 anos em São Paulo

A Revolução de 1930 - Historiografia e História, publicado em 1969, foi seu primeiro livro e propôs uma interpretação nova a respeito das classes e das forças armadas

O Liberal

O historiador e cientista político Boris Fausto morreu nesta terça-feira (18), em São Paulo. O velório será na Funeral Home, na região da Avenida Paulista, a partir das 8h de quarta-feira (19).

A Revolução de 1930 - Historiografia e História, publicado em 1969, foi seu primeiro livro e propôs uma interpretação nova a respeito das classes e das forças armadas. O escrito saiu depois do AI-5, o que faz uma diferença do ponto de vista da conjuntura. Na época,Boris o encaminhou para um editor que achou arriscado publicar. “Ele disse 'olha, do jeito que está o clima, não posso me arriscar a publicar esse livro", contou o historiador.

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A obra é considerada ainda hoje um clássico das ciências sociais brasileiras, na qual, apesar de ser paulista, Boris Fausto contesta as versões que defendem São Paulo durante a Revolução de 1930 e na Revolução Constitucionalista de 1932.

Boris Fausto nasceu em São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1930. Primeiramente, formou-se bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1953. Depois, em 1966, graduou-se em História pela mesma faculdade, onde se tornou doutor em 1969. Foi professor no Departamento de Ciência Política da USP e colunista semanal do jornal "Folha de São Paulo". Também integrou a Academia Brasileira de Ciências.

“O funcionamento da democracia no Brasil se precarizou muito, mas eu continuo achando que o regime democrático é fundamental”, disse.

Autor também de grandes sucessos literários como O Brilho do Bronze e O Crime do Restaurante Chinês, Boris tinha um olhar cuidadoso sobre os capítulos recentes do Brasil.

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