Médico canta para paciente internada com covid-19 em seus momentos finais

A mulher morreu horas depois do momento, que viralizou nas redes sociais

O Liberal

O médico Matheus Rocha, de 24 anos, percebeu que presenciava os últimos momentos de vida de uma mulher, que estava internada com covid-19. Ele decidiu cantar e "tocar o coração" da paciente, como diz a letra da música. As informações são do G1 Piauí.

O momento foi registrado no hospital do município de Corrente, no Piauí, na última sexta-feira (11), por uma fisioterapeuta que acompanhava a cena. A mulher, que não teve a identidade divulgada, morreu horas depois, na madrugada do sábado (12).

Nas imagens, que viralizaram nas redes sociais, o médico aparece sentando ao lado do leito da paciente, cantando uma versão, em português, da música “Hallelujah”, de Leonard Cohen. A canção ficou famosa na voz da cantora Patrícia Souza.

Matheus conta que a paciente, uma mulher de pouco mais de 60 anos, se emocionou durante a homenagem e tentou cantar junto com ele. O médico ainda cantou mais algumas canções, até que a idosa adormeceu.

Ele afirmou que a situação da paciente era crítica, e que a equipe médica já esperava que ela não conseguiria sobreviver.

“A psicóloga do hospital havia passado o dia inteiro com ela, porque ela tinha perdido um familiar dias antes. Então, ela estava muito abalada, chorosa, e a situação física dela estava deteriorando. Nossa expectativa era de que ela viesse a óbito nas próximas horas”, contou o médico.

O profissional da saúde disse que cantar foi uma maneira que ele encontrou para se aproximar da paciente no momento. "Foi muito emocionante. Ela ficou com os olhos marejados, cantou junto, teve sua experiência com o Divino," completou o médico.

Conforto musical

Matheus é cantor de coral e filho de uma regente de coral. Ele já havia usado a música para confortar pacientes em outras situações, como quando atendeu idosos, na ala de geriatria, e gestantes e puérperas, em maternidades.

“Na maternidade, a gente não só cantava como também dançava com as mães, para aliviar dores das contrações”, relembrou.

Para Matheus, a música também acalma e reaproxima a equipe médica. O jovem afirma que os médicos também sofrem com o cansaço e com a morte de pacientes.

“Quando a gente perde um paciente, a equipe inteira sofre. E como sofre junto, é bom que a gente se apoie. Quando a gente entende que fez tudo que era possível pelo paciente, passa a ver aquele momento como uma etapa daquela vida”, completou.

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