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Mãe sofre preconceito por ter oito filhos e estar grávida de gêmeos

"Muita gente diz "agora já deu". Mas não, a decisão é minha e do meu marido", diz a Mariana.

O Liberal

Mariana Arasaki, de 36 anos, é mãe de oito filhos e está na nona gestação, agora de gêmeos. Ela conta que enfrenta o preconceito das pessoas pelo número de filhos e que seu sonho sempre foi ter pelo menos quatro. As informações são do portal O Globo.

"Quando conheci meu marido, tocamos no assunto ‘filhos’, falei que queria no mínimo quatro e ele disse que também tinha vontade de ter vários porque foi filho único e se sentiu muito sozinho. Depois que casamos, fomos deixando acontecer. Nunca usamos método contraceptivo, às vezes fizemos tabelinha. Cada um que foi chegando foi muito desejado", conta Mariana. De acordo com ela, aos 26 eles se casaram e já tiveram uma menina. "Ao longo desses dez anos, o maior intervalo entre uma gravidez e outra foi entre o quinto e o sexto filho, quando demorei um ano para engravidar de novo. Da sexta para a sétima, engravidei menos de três meses depois do parto. Minha médica já pediu para eu dar um espaçamento maior, para dar tempo de o útero voltar ao normal", relata.

Segundo ela, o mal estar foi inevitável em todas as gestões. "Pelo menos quatro meses vomitando", afirma, acrescentando que "depois que o bebê nasce a gente esquece tudo". "Todos nasceram de parto normal, com mais de 38 semanas. Mas cada parto é diferente e único".

PRECONCEITO

Mariana conta que enfrenta preconceito diariamente. "Outro dia uma pessoa que eu nunca tinha visto me disse: "Tá bom agora, não precisa mais". Muita gente diz "agora já deu". Mas não, a decisão é minha e do meu marido. Hoje já nem me estresso, mas as pessoas são indelicadas. Não descarto ter outros, teria mais dez. Depois dos 35 anos a taxa de fertilidade cai, então não sei. Tem a vontade de Deus", ressalta.

Ela ainda diz que se considera "contra a corrente". "Hoje as mulheres buscam independência financeira, autonomia, acho lindo, cada um segue o sonho que quer, e o meu sempre foi ser mãe. São escolhas. Até o quinto, trabalhava na área administrativa de uma empresa, gostava de trabalhar fora, mas gosto de ficar com meus filhos. Não vejo minha vida sem estar cuidando deles. Não me arrependo".

A mulher tem ajuda de uma babá e de sua mãe. "A maior dificuldade é educar as crianças nos dias atuais, especialmente os mais velhos, que começam a perguntar tudo. Minha primogênita já está negociando quando vai poder ganhar o celular dela".

Para ela, o segredo de ter muitos filhos é "ter a vida organizada, com rotina". "Antes de engravidar malhava de manhã, posso ir à médica ou ao salão. A grande vantagem de ter oito filhos é que tudo é mais fácil para eles. São muito amigos, não sentem ciúmes, brincam juntos. Também brigam entre eles, claro, mas eu corto do começo. Nunca teve palmada, mas rola castigo. O que eu mais gosto de ver é a amizade deles, que é muito bonita, um cuida muito do outro. É uma relação eterna".

 

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