Jovem fica em estado vegetativo após levar choque em máquina de chope
Decisão judicial determina que empresa responsável pela máquina pague uma indenização no valor de R$ 100 mil para a vítima
Uma estudante de 26 anos ficou em estado vegetativo após levar um choque em uma máquina de chope em uma festa, em Paranoá, Distrito Federal, em 2018. A 6ª Turma Cível do TJDFT manteve a sentença que condenou a empresa responsável pela máquina e determinou que fosse paga uma indenização no valor de R$ 100 mil para a jovem.
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Na época com 22 anos, ela estava em uma festa, quando tentou encher um copo na máquina de chope e levou um choque elétrico. A jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros, e encaminhada ao hospital. A mulher teve danos neurológicos extensos, que a deixaram em estado vegetativo.
A 2ª Vara Cível de Brasília condenou, em primeira instância, a empresa Líquido Comercial, dona da máquina, a indenizar a jovem e a mãe pelos danos morais sofridos, e ainda a pagar uma pensão mensal vitalícia à estudante. A Líquido Comercial recorreu da decisão, com a alegação de que as condições de uso da máquina haviam sido alteradas por terceiros. No entanto, a decisão desta semana manteve o parecer anterior, que destacou que as provas periciais feitas pela Polícia Civil "demonstram que a ré praticou ato ilícito".
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"A máquina era capaz de produzir choque elétrico em pessoas que nela tocassem, produzindo lesões que poderiam resultar, inclusive, em óbito", atestam os documentos. "O choque elétrico sofrido pela primeira autora ocorreu porque a chopeira fornecida no evento não apresentava a segurança necessária e esperada para a sua utilização, tanto que acabou por vitimá-la". Segundo a decisão unânime, a estudante, identificada apenas como Ingrid, deve receber R$ 100 mil. Já a mãe, Daniela, R$ 50 mil, já que sofreu "abalo psíquico e emocional, com imensurável tristeza, angústia e sofrimento" pela situação da jovem.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)