Homem que chamou vizinha de 'preta fedida' é preso após três dias foragido
Célio Donizete Custódio, 53 anos, foi detido em Boa Esperança (MG) por ordem judicial emitida no domingo (28).
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta quarta-feira (31), o homem flagrado em vídeo proferindo insultos racistas contra sua vizinha, após três dias de buscas em que já era considerado foragido.
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Célio Donizete Custódio, 53 anos, foi detido em Boa Esperança (MG) por ordem judicial emitida no último domingo (28). "Após análise completa dos eventos, incluindo áudios e vídeos, solicitamos a detenção preventiva do suspeito, que estava em fuga e foi capturado na tarde de hoje", informou Alexandre Boaventura, delegado que está à frente do caso.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que Célio destruiu as plantas e removeu uma placa usada pela vítima. Ao pedir que o vizinho colocasse a placa de volta no lugar, ele passou a proferir insultos e chamou-a de "preta, macaca e fedida".
Célio também tentou agredir a mulher. "Chama a polícia, me põe na cadeia, vagabunda desgraçada, me põe na cadeia. Eu to aqui em cima, eu não vou fugir não. Vagabunda, preta, macaca. [....] Mexeu com meus cachorros, foi? Achou que eles não tinham ninguém por eles? Sua feia, encardida", disse o agressor.
A prisão de Célio foi solicitada após a polícia confirmar a participação dele no delito de injúria racial, registrado em vídeo por uma das vítimas, uma mulher de 44 anos, na última sexta-feira (26).
Ele havia sido detido em 26 de janeiro, mas liberado após interrogatório, alegando que os vídeos e áudios apresentados pelas vítimas eram fragmentos de uma discussão maior e que ele próprio havia sido alvo de homofobia. O delegado explicou que a Polícia Civil optou por investigar completamente antes de efetuar uma prisão.
O inquérito policial constatou que o indivíduo cometeu o crime cinco vezes contra três vítimas diferentes, em dois dias distintos, cada um passível de pena de dois a cinco anos de prisão. Caso condenado em todos os crimes, Célio poderá receber uma sentença mínima de 10 anos e máxima de 25 anos.
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