MENU

BUSCA

Homem processa hospital após passar a noite em aparelho de ressonância

Justiça negou o pedido de indenização por danos morais ao paciente

Emilly Melo

Um homem processou um hospital na cidade de Serra, no Espírito Santo, após adormecer dentro do aparelho de ressonância magnética. Ele passou a noite dentro da máquina e acordou apenas no dia seguinte. 

O pedido de indenização por danos morais apresentado pelo paciente foi negado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Ele alega ter sido esquecido pelo operador da máquina.

VEJA MAIS 

Esquecido pelo pai, bebê morre dentro de carro estacionado
Homem, que responderá por homicídio culposo, encontrou filho de 1 ano morto no assoalho do veículo

Pai encontra bebê morto esquecido pela mãe em carro
Polícia abre inquérito para apurar responsabilidades, mas afirma que mulher teria passado por alterações psicológicas desde o parto

Suíça procura 'esquecido' que deixou sacola de ouro em trem
Dono 'deixou' sacola com três quilos de ouro em um dos vagões

A juíza que analisou o caso reconheceu o ato displicente do hospital, mas argumentou que o paciente não comprou os fatos narrados, “de maneira que pudessem ser identificados sofrimento ou angústia”.

“As testemunhas ouvidas em Juízo não relatam nenhum sofrimento ou angústia por parte do requerente, bem como não há comprovação de qualquer outra situação que pudesse agravar a situação por ele vivenciada no momento em que dormia na maca”, destacou a juíza.

A unidade de saúde afirmou que foram passadas as devidas instruções sobre o exame e que a máquina não colocou em risco a vida do paciente, já que não é utilizado radiação no procedimento. Além disso, também afirmou que, por conta do horário, o operador da máquina acreditou que o homem já havia deixado o setor.

O caso

O caso ocorreu em maio de 2015, mas a decisão foi expedida pela magistrada da 3ª Vara Cível da Serra apenas na quinta-feira (2).

Os autos apontam que o paciente chegou no hospital para fazer o exame às 22h30 e, durante o procedimento, adormeceu, acordando apenas no dia seguinte por voltas das 6h da manhã. O homem disse que ninguém apareceu para acordá-lo e que despertou sozinho.

Ele disse que estava em uma sala vazia ao levantar e, após ligar para o 190 para pedir ajuda, recebeu a orientação para procurar a administração do hospital.

O paciente ainda disse que, enquanto andava pelos corredores, encontrou uma funcionária do hospital que se assustou com o fato de ele estar apenas de avental e fechou a porta, negando ajuda.

Ele diz que recebeu auxílio apenas quando encontrou com um vigilante do hospital.


(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

Brasil