MENU

BUSCA

Homem de 104 anos ainda trabalha com carteira assinada em supermercado

José Bernardo da Silva é a pessoa mais velha do Brasil com registro na carteira

Emilly Melo

Um homem de 104 anos ainda trabalha de carteira assinada em um supermercado de Minas Gerais. José Bernardo da Silva conta que começou a trabalhar desde muito jovem. "Vô Bernardo", como é chamado, lembra que a jornada de trabalho começou com a mãe.

VEJA MAIS

Mais de 80% dos trabalhadores domésticos do Pará não têm carteira assinada
Das 180 mil pessoas ocupadas com o cuidado do lar, apenas 22 mil trabalham formalmente no regime CLT

Doméstica é indenizada após trabalhar 42 anos sem carteira assinada em Belém
Apesar das atividades domésticas desenvolvidas há 42 anos, a idosa nunca se beneficiou de um só dia de férias e vai receber R$ 100 mil da família que a explorava

Pará cria mais de 76 mil empregos com carteira assinada, segundo Caged
Somente no mês passado, mais de 6 mil postos de trabalho formais foram criados. Em 11 meses, foram 375.140 admissões contra 298.710 desligamentos.

"Com 10 anos já trabalhava com a minha mãe ajudando na retirada de leite para fazer queijo. Daí pra frente, fui para a roça trabalhar com os meus tios, para apanhar café. Foi indo desse jeito, melhorando um pouquinho, mas, sempre ganhando pouco”, disse.

A esposa e sete dos 13 filhos que tiveram já faleceram. O trabalhador teve poucos anos de estudos e aprendeu apenas a ler e escrever o próprio nome. O primeiro emprego formal que José teve foi na Sociedade Brasileira de Eletricidade, em 1970.

“Trabalhei na SBE [Sociedade Brasileira de Eletrificação], puxando fio no mato, montando as torres, de lá de São Paulo para cá. Fui até Araguari. Trabalhava na roça, de retireiro, aqui e ali e até que hoje graças a Deus estou trabalhando no mercado”, completou Bernardo.

Ele foi registrado como funcionário do supermercado desde maio de 2009. “Meu irmão já havia encontrado o 'Vô' várias vezes, varrendo a rua e, depois, em uma instituição, trabalhando de servente de pedreiro. Aí nós trouxemos ele pra cá, o convidamos para trabalhar e está aí conosco até hoje”, conta Carlos Magno Fonseca, sócio do supermercado.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

Brasil